Em busca de um zagueiro, o Cruzeiro está em negociações avançadas para a contratação de Ramon, ex-Vitória. O jogador de 24 anos deve assinar contrato com o clube celeste até o fim de 2020, com opção de renovação por mais uma temporada e salário readequado ao patamar estabelecido pela diretoria. A informação foi publicada inicialmente pelo site Globoesporte.
Ramon treinou na Toca da Raposa II durante a pré-temporada, mas não seguiu no elenco devido aos termos do contrato, fechado ainda na gestão do então presidente Wagner Pires de Sá. Com o novo acordo, o defensor, que também pode atuar como volante, receberá abaixo da metade dos vencimentos previstos no vínculo anterior.
Em entrevista ao Superesportes, nesta segunda-feira, Carlos Ferreira Rocha, interlocutor do núcleo dirigente transitório do Cruzeiro com o departamento de futebol, comentou que Ramon chamou a atenção do técnico Adilson Batista nos treinamentos e mostrou otimismo para o acerto.
“Ramon agradou muito ao Adilson no início da temporada. Tínhamos boas referências dele no Vitória. É um jogador sério e que vai nos ajudar muito. Está bem adiantada a negociação. A possibilidade é real de contar com Ramon para o restante da temporada”, declarou.
Ramon estava no Vitória quando assinou pré-contrato com o Cruzeiro, em novembro de 2019. Ele se apresentou na Toca em 8 de janeiro e treinou com o grupo por nove dias. No entanto, a contratação não foi confirmada, pois a atual gestão do clube não concordou com os moldes do vínculo, principalmente por causa do vencimentos mensais que ultrapassagem o teto de R$ 150 mil. À época, o agente de Ramon, André Cury, afirmou que o jogador acionaria o clube na Justiça.
Revelado pelo Bahia de Feira, Ramon defendeu o Vitória por cinco temporadas. Em 209 partidas, marcou quatro gols. Em 2017, ele teve passagem pelo Maccabi Tel Aviv, de Israel.
Marllon é descartado
Com a provável chegada de Ramon, o Cruzeiro descartou a contratação de Marllon, do Corinthians. O clube chegou a confirmar interesse, mas um suposto desdém do zagueiro em relação à transferência a Belo Horizonte influenciou na desistência, segundo Carlos Ferreira Rocha.
“A gente já tinha manifestado interesse no Marllon. Me parece, numa entrevista à imprensa, que ele não manifestou tanta vontade de vir. Para jogar no Cruzeiro, o atleta tem que vir com vontade. A gente quer que as pessoas venham determinadas a nos ajudar a reconstruir o clube. Diante dessa declaração dele, nos afastamos das negociações”, explicou.