"O Cruzeiro, ano passado, tinha folha de R$ 15 milhões. Nós hoje estamos com uma folha de R$ 2,2 milhões. Pretendemos jogar a Série B com uma folha de R$ 3 milhões. É um quinto do que estava sendo praticado. Mas, mesmo assim, garanto que é uma cinco maiores folhas da Série B. No Londrina, era de R$ 400 mil", disse o diretor de futebol do clube, Ocimar Bolicenho, ao SporTV. Vale lembrar que o Londrina foi rebaixado à Série C.
Com a queda para a Segundona, o Cruzeiro viu as receitas despencarem com direitos de transmissão. Na elite, a Raposa receberia cerca de R$ 64,5 milhões, podendo sofrer alterações, pois os valores são variáveis.
Em 2019, a Raposa embolsou R$ 22 milhões de cota fixa, R$ 12 milhões pela exibição de partidas na TV aberta e R$ 19,5 milhões em pay-per-view. Por causa da queda, o time celeste perdeu os valores por desempenho - mínimo de R$ 11 milhões pela posição na classificação (16º).
Para 2020, o Cruzeiro terá que escolher entre a cota fixa da competição, de R$ 8 milhões - R$ 6 milhões líquidos e R$ 2 milhões em logística -, e o pay-per-view (a receita varia de acordo com o número de assinaturas do serviço por parte dos torcedores celestes).
Para conseguir pagar os salários, o Cruzeiro fez acordos para as saídas de vários jogadores: o goleiro Rafael (rescisão); os laterais Orejuela (emprestado ao Grêmio), Egídio (rescisão) e Dodô (rescisão); o zagueiro Fabrício Bruno (acordo); os volantes Henrique (emprestado ao Fluminense), Éderson (acordo) e Jadson (emprestado ao Bahia); os meias Thiago Neves (rescisão) e Marquinhos Gabriel (emprestado ao Athletico-PR); e os atacantes David (acordo), Sassá (emprestado ao Coritiba), Fred (rescisão) e Pedro Rocha (fim de contrato).
O zagueiro Dedé e o volante Ariel Cabral seguem afastados buscando novo clube. Eles não aceitaram a readequação salarial que a diretoria ofereceu.