Vídeos que circulam nas redes sociais e em grupos de Whatsapp - aplicativo de mensagens -, mostram os ex-funcionários Vittorio Galinari e Alexandre Comoretto, ambos muito ligados ao ex-mandatário, sendo cobrados por outros torcedores. Não há qualquer imagem de agressão física.
Um dos vídeos mostra Gaúcho, apelido de Comoretto, sentado em uma mesa de pôker. Ele é defendido por uma mulher, enquanto recebe ataques verbais de outros cruzeirenses. O associado, que durante a gestão de Wagner ficou responsável pela articulação política no Conselho Deliberativo, ouviu xingamentos como ‘safado’ e ‘filho da puta’. Ele não demonstra qualquer tipo de reação, nem quando é atingido por um líquido - aparentemente cerveja.
Na mesma mesa, também está sentado um homem com a camisa escrita “Wilmer”. Trata-se de Wilmer Mendes, ex-gerente de futebol de base, e conselheiro remunerado durante todo período da administração de Wagner Pires de Sá. Ele é filho de Wilmer Santa Luzia, conselheiro benemérito, ex-presidente do Conselho Deliberativo, e um dos grandes aliados de Wagner.
Em outro vídeo, o alvo é Vittorio Galinari, responsável pela administração dos clubes sociais do Cruzeiro entre 2018 e 2019. “Você manchou nossa história”, diz um torcedor ao conselheiro. “A Salomé morreu por causa de vocês”, dispara outro. Galinari rebate dizendo que trabalhava no clube e não no futebol, departamento administrado por Itair Machado.
Galinari é um dos responsáveis por tentar apresentar ao presidente interino do Cruzeiro, José Dalai Rocha, um suposto xeque árabe interessado em comprar o departamento de futebol do Cruzeiro. A iniciativa virou piada nas redes sociais e também foi motivo de chacota no clube, neste sábado. Um cruzeirense se vestiu de xeque para provocar o associado.
*Reportagem atualizada para correção de informações às 18h35 de 15/02/2020