Lideranças do Núcleo Dirigente Transitório e da política do Cruzeiro definiram que querem Emílio Brandi, integrante do grupo gestor e atual responsável pelas finanças do clube, como candidato à eleição presidencial “tampão” marcada para 21 de maio. O trabalho da equipe, já em andamento, é para convencê-lo a aceitar o convite.
Presidente do clube e do Conselho Deiberativo, José Dalai Rocha já manifestava há algum tempo, internamente, seu desejo por um candidato de dentro do Conselho Gestor. As únicas possibilidades, por questões estatutárias, são Emílio, Gustavo Gatti - que não concorrerá em função de motivos particulares -, e Anísio Ciscotto, que não cogita essa possibilidade inicialmente.
A ideia é ter Brandi como candidato único, mas isso ainda precisará ser debatido com outras correntes do Conselho Deliberativo. Essa costura é liderada por Dalai Rocha.
Na última semana, durante reunião do Conselho para votar as contas de 2018, o atual mandatário afirmou que buscaria diálogo com as diferentes alas do Cruzeiro. “O céu de brigadeiro para nós é uma chapa única, não comprometida com disputas anteriores e que possa reconduzir o Cruzeiro na reconstrução. Vamos conversar com as correntes que estão se apresentando e tentar esse objetivo”, disse.
Procurado pela reportagem, Emílio Brandi pediu cautela. “Vamos aguardar um pouco mais”, disse, sem dar qualquer tipo de detalhe sobre uma possível candidatura. Inicialmente, o empresário, dono da rede atacadista Nova Safra, estaria disposto a participar do pleito apenas se fosse candidato único.
Emílio era um dos preferidos de Gilvan de Pinho Tavares para assumir a presidência do Cruzeiro em 2018. Antes de definir apoio a Wagner Pires de Sá, Gilvan chegou a fazer um convite formal ao empresário, que recusou por entender que não poderia deixar o comando de seus negócios naquele momento.
João José Moreira Neto, conhecido como João Doido, e o advogado Sérgio Santos Rodrigues, derrotado no último pleito, já se colocaram como potenciais candidatos ao cargo.
A eleição acontecerá em 21 de maio, de 18h30 às 21h, com posses marcadas para 1º de junho. Vale lembrar que o mandato é tampão, ou seja, só até o fim deste ano. O edital de convocação foi publicado nesta quarta-feira em jornais de grande circulação em Belo Horizonte.
A eleição acontece depois das renúncias do ex-presidente Wagner Pires de Sá e seus vices, Hermínio Lemos e Ronaldo Granata, que deixaram os cargos em dezembro de 2019.
Além de um presidente, serão eleitos, no mesmo pleito, dois vices-presidentes, além de um presidente do Conselho Deliberativo e mesa diretora. Esses mandatos também só terão duração até o fim deste ano.
Entre outubro e novembro, novas eleições deverão ser realizadas para definir os responsáveis pelo próximo triênio (2021-2023). Nesta ocasião, também será votada nova chapa para o Conselho Deliberativo do Cruzeiro.