Além do fim dos processos trabalhistas, o Cruzeiro recebeu R$ 2,7 milhões em dinheiro e não precisará pagar os salários atrasados dos dois jogadores - montante na ordem de R$ 1,5 milhão. Agente dos jogadores, André Cury também aceitou encerrar na CNRD (Câmara Nacional de Resolução de Disputas), da CBF, cobrança de cerca de R$ 1,9 milhão.
Nesta manhã, Éderson esteve na Sede Administrativa do Cruzeiro, no Barro Preto, em Belo Horizonte, para selar o acordo com o Cruzeiro. Ele deixou o prédio, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, com a carteira de trabalho em mãos, mas sem conceder entrevistas.
A dupla processou o Cruzeiro por causa de atrasos em salários, direitos de imagem, 1/3 sobre férias, 13º e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), além de outras verbas trabalhistas. Ambos solicitaram rescisão indireta do vínculo. O valor cobrado por Éderson era de R$ 2.638.836,57, correspondente à íntegra do contrato, até julho de 2023. O processo de David corria em segredo de Justiça.
David, de 24 anos, foi contratado pelo Cruzeiro ao Vitória em janeiro de 2018, por R$ 10 milhões. Na ocasião, o banco BMG auxiliou na compra de 70% dos direitos econômicos (divididos em partes iguais de 35% entre o clube celeste e o Coimbra). Foram raros os bons momentos do atacante, que marcou apenas quatro gols em 72 jogos.
Já Éderson, de 20 anos, tinha 60% dos direitos econômicos ligados ao Cruzeiro. Adquirido ao Desportivo Brasil, de São Paulo, por R$ 1,25 milhão (parte do valor ainda não foi pago), o volante foi um dos poucos destaques na participação desastrosa do time celeste no Campeonato Brasileiro - rebaixado à Série B em 17º lugar, com 36 pontos em 38 rodadas. Em 21 jogos na competição, ele marcou dois gols.