“Vamos marcar ainda em fevereiro as eleições. Não para fevereiro. Marcar em fevereiro as eleições”, disse. “O prazo para marcar era 30 de janeiro, mas será por que que não marcamos? O poste da rua sabe a situação de calamidade que vivemos. Jurisprudências nos absolveriam”, justificou Dalai.
A convocação deverá acontecer neste mês, mas a tendência é que a eleição seja realizada apenas entre março e abril. Dalai explicou que pretende aumentar o debate para tentar viabilizar apenas uma chapa para a disputa. Isso demandaria, evidentemente, um período maior de articulações.
“Não tem nada definido. Temos até maio para marcar (realizar) as eleições. Serão eleições gerais, para presidente e Conselho Deliberativo. O prazo é para que seja realizada até maio. Eu não tenho pressa para marcar para fevereiro, porque quero uma discussão maior sobre as chapas. É uma discussão convocar para abril, não agora, que não temos quadro definido”, explicou.
“O céu de brigadeiro para nós é uma chapa única, não comprometida pelas disputas anteriores, é que possa reconduzir o Cruzeiro nessa reconstrução. Isso é o céu de brigadeiro. Vamos ainda conversar com as correntes que estão se apresentando e tentar esse objetivo”, complementou.
Até aqui, o único potencial candidato é o advogado Sérgio Santos Rodrigues, derrotado no último pleito e nome defendido pelos ex-presidentes como Gilvan de Pinho Tavares, Zezé Perrella e Alvimar de Oliveira Costa. Nas últimas semanas, ele também angariou apoios no Conselho Gestor do clube e com o empresário Pedro Lourenço, principal patrocinador da Raposa. O apoio de Dalai, no entanto, Sérgio ainda não conquistou.
Teses de mandato
Até a eleição, José Dalai Rocha e seus pares também precisarão definir o modelo do mandato do novo presidente do Cruzeiro. Com a renúncia de Wagner e a convocação de novo pleito imediato, o clube deveria escolher um presidente até meados de novembro, quando novo processo eleitoral escolheria um presidente para o triênio 2021-2023.
“Estamos estudando as teses. Uma é mandato de três anos e sete meses, sem direito à reeleição. Outra opção é uma eleição tampão, para mandato de sete meses (até o fim de 2020), e depois novas eleições no fim deste ano. Essa segunda tem a grande vantagem de não necessitar modificação estatutária”, afirmou o presidente em exercício.