Naquela oportunidade, o Cruzeiro recebeu Edilson como moeda de troca e já cedeu 30% dos direitos de Alisson. Ou seja, o Grêmio hoje é detentor de 60% do percentual, tendo desembolsado R$ 3,5 milhões. A Raposa alega ter os outros 40%, mas enfrenta batalha judicial para provar sua tese, uma vez que o Ubaense, que descobriu o atleta no interior de Minas Gerais, garante ser dono de 30% dos direitos (leia mais abaixo).
Vale lembrar que, na mesma negociação, em janeiro de 2018, o Cruzeiro cedeu 30% dos direitos do jovem Thonny Anderson ao Grêmio. Ainda fixou outros 20% do meia-atacante em R$ 500 mil, pagos pelo Tricolor em janeiro de 2019. Em resumo, o clube celeste recebeu R$ 4 milhões mais Edilson em troca de 60% dos direitos econômicos de Alisson e 50% de Thonny Anderson.
Os dois meia-atacantes, sempre tratados como joias na Toca da Raposa I, se desenvolveram desde que deixaram o Cruzeiro. No início do mês passado, Thonny foi negociado pelo Tricolor ao Red Bull Bragantino, que pagou cerca de R$13,5 milhões por 35% dos direitos econômicos. Já Alisson se tornou titular absoluto da equipe de Renato Gaúcho. Pelo Tricolor, são 102 partidas e 17 gols marcados.
Ubaense na Justiça
Apesar de o Cruzeiro ter garantido - inclusive no negócio com o Grêmio - ser detentor dos outros 40% de Alisson, o Ubaense, clube da Zona da Mata Mineira, garante ser dono de 35% dos direitos. Na Justiça, o clube apresentou um documento de 26 de novembro de 2009, assinado pelo então presidente, Zezé Perrella, em que a Raposa reconhece ter apenas 65% (veja o trecho do documento abaixo).