Embora ainda não tenha ocorrido uma definição com o Cruzeiro, Éderson dificilmente permanecerá na Toca, já que recebeu sondagens de clubes da Série A, como o Bahia, e entende que terá maior visibilidade para se transferir ao futebol europeu se disputar a primeira divisão em 2020.
O Cruzeiro também não deve colocar empecilho em uma negociação, mas só aceitará abrir mão de Éderson mediante compensação financeira e/ou participação significativa em uma venda futura.
Éderson processou o Cruzeiro por causa de atrasos em salários, direitos de imagem, 1/3 sobre férias, 13º, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e outras verbas trabalhistas. O valor de R$ 2.638.836,57 corresponde à íntegra do contrato, até julho de 2023.
Além do litígio com Éderson, a Raposa tem débito de R$ 1,275 milhão com o Desportivo Brasil pela aquisição de 50% dos direitos econômicos do atleta. Foram pagas apenas duas das 11 parcelas.
Em 2019, Éderson foi um dos poucos destaques na participação desastrosa do time no Campeonato Brasileiro - rebaixado à Série B em 17º lugar, com 36 pontos em 38 rodadas. Em 21 jogos na competição, o jovem de 20 anos marcou dois gols.
Contrato
Os salários de Éderson no Cruzeiro eram divididos em três partes: salário-base (50%), direitos de imagem (30%) e acréscimos remuneratórios (20%). O contrato previa aumentos progressivos até o encerramento: R$ 50 mil (jul/2019 a jul/2020); R$ 75 mil (jul/2020 a jul/2021); R$ 100 mil (jul/2021 a jul/2022); e R$ 120 mil (jul/2022 a jul/2023).
Conforme informado pelo Superesportes, um dos motivos que levaram Éderson a processar o Cruzeiro foi as dificuldades de honrar o compromisso de adquirir um apartamento em Belo Horizonte. Por causa dos atrasos, o atleta precisou a recorrer ao seu estafe para quitar parte do débito. Apenas no dia 10 é que o clube pagou parte da dívida.
A condução do caso de Éderson foi motivo de trocas de farpas entre Carlos Ferreira Rocha, interlocutor do Núcleo Dirigente Transitório com o departamento de futebol do Cruzeiro, e André Cury, um dos representantes do jogador. Chamado de persona non grata pelo dirigente, o empresário cobrou seriedade do clube (leia aqui).