“Em relação ao jogo, tivemos algumas dificuldades no primeiro tempo em função de erros de passe. Não encaixou, não aproveitamos o espaço que tínhamos alertado. Quando ela (bola) entrou, tomamos a decisão errada, o que acabou prejudicando um pouquinho o volume de jogo. Tive ideia de abrir dois no segundo tempo e deixar dois meias. Nós tivemos mais de 70% de posse de bola no segundo tempo, com volume melhor, Maurício chutando de fora da área, Maurício no cabeceio, Welinton rolando a bola para trás, enfim. O próprio Rafael chegando com o Caio, que entrou bem”, avaliou.
“O volume de jogo no segundo tempo foi melhor, independentemente de ter ou não a figura do 9. Hoje tivemos o Judivan e enfrentamos dificuldades. Não é questão de ter ou não o 9. A bola precisa chegar no lugar certo e no momento certo. Infelizmente no primeiro tempo nós erramos muitos passes. Foi o que cobrei no intervalo”, complementou o técnico.
Adilson indicou que nas próximas partidas do Campeonato Mineiro o Cruzeiro poderá começar jogando sem um homem de área para explorar movimentação e tabelas rápidas. Ele dará preferência a atletas dinâmicos, em vez daqueles à espera de algum cruzamento ou bola espirrada.
“Às vezes a gente precisa respeitar gosto. E eu gosto que jogue bola. Eu não gosto do paredão, de nego fincado, trombando, dando cabeçada. Tenho um estilo de jogo que acho interessante e vai proporcionar aquilo que eu entendo que seja melhor para o jogo. Tem que respeitar. Nada contra Judivan e Popó, mas é decisão. Primeiro jogo, entrei com Thiago. Estavam fechados, trabalhamos, teve o cruzamento e saiu o gol. São escolhas que o treinador tem que fazer. Acho que taticamente fomos melhores no segundo tempo”.
Por fim, Adilson tornou a pedir paciência aos torcedores que esperavam um triunfo mais tranquilo sobre o Villa Nova. Na visão do comandante, as dificuldades sentidas por jovens em fase de transição da base para o profissional compõem o processo de maturação. Nesta terça-feira, ele utilizou quatro garotos que disputaram a Copa São Paulo - o volante Jadsom, o meia Marco Antônio e os atacantes Caio Rosa e Alexandre Jesus.
“O torcedor não precisa desconfiar. É um time jovem, que no dia a dia e nos jogos vai apresentar dificuldades. O próprio jogo cria isso. Cabe a nós contribuir para o crescimento profissional deles. Melhorar o cabeceio, o toque de bola, a tomada de decisão, algumas situações de primeira bola que acabamos perdendo, a escolha de um companheiro melhor colocado. Isso vai acontecer, e a gente precisa entender. Quando eu disse ao torcedor que gostaria que tivesse a paciência do torcedor do Santos em relação a menos, é isso. Eles vão errar”.
Com a vitória sobre o Villa Nova nesta terça, o Cruzeiro chegou a seis pontos e manteve 100% de aproveitamento no Campeonato Mineiro. O próximo duelo será contra o Tupynambás, domingo, às 19h, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, em Juiz de Fora, pela quarta rodada.