O diretor de futebol Ocimar Bolicenho disse na semana passada, à TV Horizonte, que uma brecha no pré-contrato firmado com o Ramon permitiu ao Cruzeiro abrir mão do acordo. Ainda segundo ele, o defensor tratou com a antiga gestão um salário muito mais alto que o teto pago no momento.
André Cury, agente de Ramon, revelou que o jogador buscará seus direitos na Justiça. “Não existe brecha, existe conduta de gente que não é séria e não tem caráter. Não dá para trabalhar com o Cruzeiro do jeito que está, ainda mais com esse Ocimar. Trataram o jogador com desprezo, expuseram ele na mídia. O cara é um ser humano, mas esse é o modus operandi dessa nova diretoria do Cruzeiro”.
Em 2019, o Vitória tinha interesse em prorrogar o contrato de Ramon, mas não chegou a um acordo com o jogador. Pelo ex-clube, o zagueiro disputou 209 partidas e marcou quatro gols. Ele também jogou por Bahia de Feira de Santana e Maccabi Tel Aviv, de Israel.
Éderson e David
Cury representa outros jogadores que já deixaram o Cruzeiro e que ainda estão na Toca da Raposa II. Ele cuida das carreiras do zagueiro Leo, do meia Maurício, do atacante Sassá - emprestado ao Curitiba - e de outros garotos das categorias de base.
A relação com a diretoria se desgastou a partir das ações ajuizadas pelo atacante David e pelo volante Éderson por salários atrasados e não pagamento de férias, 13º e FGTS. Eles ainda cobram multas rescisórias e remunerações até o encerramento de seus respectivos contratos.
David conseguiu uma liminar que o autoriza a fechar com outro clube. A rescisão do contrato dele com o Cruzeiro foi publicada nessa sexta-feira no BID da CBF. Uma nova audiência está marcada para fevereiro na Justiça do Trabalho.
Éderson, por sua vez, teve o pedido de rescisão indireta com o Cruzeiro negado pela Justiça. Uma audiência de conciliação está marcada para 10 de fevereiro.