Durante a abordagem, o torcedor exigiu que Wagner Pires de Sá devolva dinheiro ao Cruzeiro.
Gaguejando, Wagner responsabilizou seu antecessor, Gilvan de Pinho Tavares, pela crise financeira do clube.
Veja o diálogo a seguir:
Gaguejando, Wagner responsabilizou seu antecessor, Gilvan de Pinho Tavares, pela crise financeira do clube.
Veja o diálogo a seguir:
Torcedor - Wagner, o que você e a turma vão fazer para devolver o Cruzeiro pra nós, cara?
Wagner Pires de Sá - Uai...
Torcedor - Uai, pelo amor de Deus, vocês pegaram, sumiram com o dinheiro todo do time. Sumiu. Sumiram com o dinheiro do time.
Wagner Pires de Sá - Não, já veio sem dinheiro, né? Veio do Gilvan, nós estávamos devendo 400 e tantos milhões.
Torcedor - Como é que que você me coloca o Itair (ex-vide de futebol) num negócio desse? Não, vocês, ao invés de jogar baralho, tinha que arrumar o dinheiro pro time de volta aí, viu? Dá o seu jeito aí, viu?
Wagner Pires de Sá foi eleito para o triênio 2018/2020, mas renunciou ao cargo em dezembro do ano passado após uma onda de protestos da torcida motivada pelo rebaixamento do Cruzeiro à Série B e pela séria de denúncias contra sua gestão.
Além do presidente, o ex-vice-presidente de futebol Itair Machado e o ex-diretor-geral Sérgio Nonato são investigados pela Polícia Civil e pelo Ministério Público por supostos crimes de lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e falsidade ideológica.
O ex-diretor jurídico Fabiano de Oliveira ainda é investigado pela Polícia Federal.
Em dois anos, a gestão de Wagner Pires de Sá fez contratos suspeitos com investidores, agentes de atletas, jogadores e mais que dobrou sua dívida. Análises contábeis feitas pelo Núcleo Dirigente Transitório, responsável pela administração até a eleição marcada para maio deste ano, mostram que os débitos podem chegar a R$ 1 bilhão.
Paralelamente às investigações da Polícia Civil e do Ministério Público, o Cruzeiro estuda maneiras de pleitear dos ex-dirigentes a devolução de recursos e também a responsabilização criminal, civil e desportiva pelos danos causados à instituição.
Desde que a Wagner e seus homens de confiança deixaram o Cruzeiro, a cobrança por parte de torcedores nas ruas se tornou rotina. O ex-diretor-geral Sérgio Nonato já passou por duas situações de apuros em bares de Belo Horizonte.