“Eu só fiz um suspense, já tinha acertado desde o início da pré-temporada, mas só agora que a gente divulgou. Eu já tinha falado, minha cabeça sempre esteve no que o Cruzeiro está vivenciando, infelizmente uma coisa negativa, desde o término da temporada passada, no decorrer da temporada passada. Minhas férias foram de ver notícias e sempre procurar minha família, com a mesma opinião e decisão tomada de permanecer no Cruzeiro. Agora é fazer com que o Cruzeiro volte ao lugar que nunca deveria ter saído pela história, tradição e camisa", disse.
“Eu fiz o que tinha que ser feito. Estava de coração aberto, minha família também. Agradeço meu administrador, esposa, filhos, todos fizeram o sacrifício para o Cruzeiro voltar a ser referência. Não só dentro de campo, com conquistas, respeito, mas também fora, com planejamento, credibilidade. Que o torcedor cada vez mais tenha orgulho. Foi até pouco o que fiz pelo que o Cruzeiro já fez em nossas vidas. Agora o importante é focar para dentro de campo a gente possa alcançar esse êxito", complementou o goleiro.
Antes da entrevista nesta quinta-feira, Fábio já havia se pronunciado em seu Instagram. Na terça-feira, o camisa 1 escreveu que estava tranquilo e só aguardando o Cruzeiro resolver situações mais emergenciais para confirmar sua permanência aceitando a nova realidade financeira do clube.
Titular desde 2005, Fábio é recordista em número de jogos pelo Cruzeiro: 871. Contando a sua primeira passagem pelo clube, em 2000, o goleiro ganhou 12 títulos: sete estaduais (2006, 2008, 2009, 2011, 2014, 2018 e 2019), três Copas do Brasil (2000, 2017 e 2018) e dois Campeonatos Brasileiros (2013 e 2014).
Críticas aos ex-diretores
Durante a entrevista na Toca II, Fábio também comentou a administração desastrosa do Cruzeiro durante a gestão do ex-presidente Wagner Pires de Sá. Sem citar nomes, o camisa 1 afirmou que "os poderes estavam em lugares errados".
“Muitas situações de falta de comando, de falta de responsabilidade de todos que estavam aqui naquele momento. A gente teve o pior resultado possível no fim da temporada que foi o rebaixamento para a Segunda Divisão. Dentro de campo, não tivemos a consistência devida, o futebol devido para a grandeza do nosso clube”, disse.
“Fizemos o que tinha que ser feito. Acho que é fútil você fazer uma coisa para mostrar para A ou B. O mais importante é a minha índole, a forma de agir, e isso que me fez permanecer no Cruzeiro em 15 anos. Os dirigentes e funcionários conhecem minha forma de agir. Minha cobrança. Tivemos muitas cobranças fortes, em todos os aspectos, com jogadores e outras situações. Infelizmente, os poderes estavam em lugares errados. O que a gente pôde fazer, lutar e remar, a gente fez. Infelizmente, as coisas só são vistas se acontecem desastres como o que aconteceu”, complementou.