Nos moldes atuais, o Cruzeiro não receberá um valor fixo da Adidas, e sim um percentual da venda da empresa aos lojistas. Esse é um dos principais pontos que o Conselho de Notáveis pretende negociar com a marca alemã. O valor por peça para o comerciante seria de R$ 120. Além disso, há royalties de 7% das lojas oficiais do clube e da empresa de comércio eletrônico Netshoes.
Segundo números obtidos pelo Superesportes, o Cruzeiro embolsará, em 2020, 24% do dinheiro proveniente de negociações das peças de fábrica. Em 2021, ano do centenário do clube, a comissão sobe para 27%.
Assim, em uma camisa com preço de custo de R$ 120, o Cruzeiro tem direito a 24% - ou seja, R$ 28,80. Já o uniforme vendido pelo lojista, por R$ 249,99, a participação seria de 7% - R$ 17,50. Na somatória, poderá faturar mais de R$ 46 por camisa.
As vendas da nova coleção começaram nas lojas oficiais em 2 de janeiro, dia do aniversário de 99 anos do Cruzeiro. Torcedores formaram filaspara adquirir os produtos da Adidas. Algumas lojas tiveram seus estoques esgotados. As camisas são comercializadas a R$ 249,99, nas versões masculina e feminina, e R$ 229,99, no modelo infantil.
Fechado pelo ex-vice-presidente de futebol Itair Machado, o acordo com a Adidas é válido até dezembro de 2022, com opção de prorrogação para o fim de 2025. Em agosto, o clube antecipou royalties de R$ 2,5 milhões, a serem compensados por meio de comercialização de produtos. A projeção de arrecadação girava em torno de R$ 7 milhões no primeiro ano de contrato.