Henrique tinha contrato até o fim 2019 com o Cruzeiro, mas uma cláusula do contrato previa renovação automática por mais dois anos. A expectativa do clube celeste é que o capitão da equipe retorne à Toca da Raposa II em 2021, ano do centenário. "Estamos convencidos de que ele voltará no ano que vem. Ele também está feliz com essa possibilidade", garantiu Ocimar Bolicenho, diretor de futebol do Cruzeiro, ao Superesportes.
Inicialmente, a negociação era pela rescisão de contrato, mas caminhou para outros termos. Henrique deu ao Cruzeiro um prazo para pagamento dos atrasados. O clube deve três meses de vencimentos (outubro, novembro e dezembro), 13º salário, depósitos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), além do adicional de férias, tudo previsto na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
Dos jogadores que estão de saída, Henrique, de 34 anos, foi quem construiu a história mais vitoriosa no Cruzeiro. Em quase dez anos, conquistou dez títulos: seis do Campeonato Mineiro (2008, 2009, 2011, 2014, 2018 e 2019), dois do Campeonato Brasileiro (2013 e 2014) e dois da Copa do Brasil (2017 e 2018).
Capitão do time desde 2016, o camisa 8 era considerado pelo técnico Adilson Batista como um dos pilares do processo de reconstrução do Cruzeiro na Série B. Porém, em função dos vencimentos muito acima do teto salarial, optou por fazer acordo para a saída.
Com 516 jogos, Henrique é o oitavo atleta que mais vestiu a camisa cruzeirense. Embora seja volante de contenção, sem características de bater faltas e pênaltis, marcou 27 gols.
Empresário de Henrique, Leandro Lima, que também é representante do meia Thiago Neves, não atendeu aos telefonemas da reportagem.
Empresário de Henrique, Leandro Lima, que também é representante do meia Thiago Neves, não atendeu aos telefonemas da reportagem.