Presidente interino do Cruzeiro, José Dalai Rocha admitiu nesta segunda-feira, em entrevista coletiva na Toca II, que não há previsão para quitar os salários atrasados do elenco. Antes de informar aos jornalistas, na reapresentação do clube, o dirigente se reuniu com os jogadores e voltou a pedir compreensão com o momento delicado da Raposa.
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“Reunimos com os atletas, mas não apresentamos solução. Pedimos compreensão a quem não pode mais esperar. Mas estamos pedindo. É o único caminho. O Cruzeiro, hoje, é uma terra arrasada, infelizmente. A administração passada agiu como se estivéssemos em uma filial da casa da moeda. As dívidas são astronômicas”, lamentou.
O Cruzeiro ainda não pagou salário dos últimos três meses (outubro, novembro e dezembro). Também não depositou na conta dos jogadores o 13º salário, que venceu em 20 de dezembro. Ainda há débitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), adicional de férias, entre outros direitos garantidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
“Eu pedi compreensão (dos jogadores). Não podemos dar prazo. Na certeza que, os que quiserem sair, não terão obstáculos desnecessários do clube, eles têm direito de seguir seus caminhos. Os que quiserem ficar, ombreando conosco, serão recompensados. Gostaria de dizer um prazo, mas, infelizmente, não temos. Nossa esperança é a participação do torcedor”, complementou Dalai.
Nesta segunda-feira, o Cruzeiro já encaminhou as primeiras saídas. O lateral-esquerdo Egídio e o volante Henrique deverão assinar rescisões de contrato nos próximos dias para acertarem com o Fluminense. O destino de Marquinhos Gabriel deverá ser o Athletico-PR. Enquanto isso, Fabrício Bruno, que estava na Justiça contra o clube, deverá retirar a ação para ser liberado ao Red Bull Bragantino.
Apresentação de Ocimar Bolicenho, novo diretor de futebol do Cruzeiro