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Bolicenho diz que 'experiência' o credencia a assumir cargo no Cruzeiro e relativiza teto salarial em apresentação: 'Foi flexibilizado'

Diretor de futebol permanente concedeu entrevista nesta segunda, na Toca II

Tiago Mattar
Ex-dirigente do Londrina, Ocimar Bolicenho foi indicado ao Cruzeiro por Alexandre Mattos - Foto: Paulo Galvão/EM/DA Press
Cruzeiro oficializou, na tarde desta segunda-feira, data de sua reapresentação para a temporada 2020, um novo diretor de futebol permanente. Ocimar Bolicenho, de 61 anos, assume a função de conduzir o departamento de futebol nos próximos meses. Ele terá auxílio de Alexandre Mattos, que se despedirá do clube celeste em até 60 dias para iniciar um trabalho no Reading, da Segunda Divisão da Inglaterra.



Nesta segunda, ele Bolicenho foi apresentado pelo presidente interino do Cruzeiro, José Dalai Rocha. Questionado sobre o que o credencia a assumir o departamento de futebol do clube celeste no momento mais difícil de sua história, uma vez que sua última experiência, no Londrina, foi de rebaixamento à Série C do Brasileiro, o novo diretor alegou ter “experiência”.

“(O que me credencia é a) Experiência. A gente é sempre é medido pelo resultado. Um só ganha e os outros são ruins. O resultado é uma coisa muito fria. O que me incentivou a aceitar esse desafio foi a minha experiência, ter passado por outras situações como essa como dirigente estatutário. O coro ensina”, afirmou, se referindo ao rebaixamento com o Londrina em 2019.

“Houve uma flexibilização. Não é mais isso. Nosso teto de R$ 150 mil era uma diretriz, não é tão rígido assim. O certo é que a folha será um terço daquela que vinha sendo praticada”, projetou Bolicenho, ainda que o presidente do Núcleo Dirigente Transitório do Cruzeiro, Saulo Fróes, tenha dito, no último dia 2, que não exisitriam “exceções” em relação ao teto previsto inicialmente.



A ideia inicial do Cruzeiro é reduzir a folha de pagamento do elenco para até R$ 4 milhões, contando o que é pago na carteira de trabalho e como direito de imagem. Para conseguir chegar nesse resultado, o clube precisará renegociar contratos e liberar alguns jogadores. Os primeiros já estão praticamente acertados: Egídio e Henrique deverão rescindir amigavelmente para fechar com o Fluminense. Marquinhos Gabriel poderá seguir para o Athletico-PR, enquanto Fabrício Bruno foi vendido ao Redbull Bragantino.

 

Ocimar Bolicenho

Ocimar Bolicenho, de 61 anos, conduzia o futebol do Londrina desde abril de 2016. Na Série B, o clube fez boas campanhas em 2016 (6º, com 60 pontos) e 2017 (5º, com 62), além de participação razoável em 2018 (8º, com 55). Em 2019, acabou rebaixado à Série C ao terminar a competição em 17º, com 39 pontos - dois a menos que o Figueirense, primeiro time fora do Z4.
 
Antes do Londrina, Bolicenho teve passagens por Tigres do Brasil, Bahia, Ponte Preta, Athletico-PR, Joinville e Paraná (do qual foi presidente de 1994 a 1995). Fora do mundo da bola, exerceu a função de analista de controle administrativo do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (1994 a 2011) e de subgerente de agência no extinto Banco Bamerindus. Ele tem graduação em gestão esportiva pela Universidade Federal do Paraná.