Alexandre Mattos não será diretor de futebol do Cruzeiro, mas participará do processo de reconstrução do clube por 'gratidão'. Ele aceitou oferta do Reading, da Segunda Divisão da Inglaterra, e precisará de um período para tirar o visto de trabalho. Será justamente neste espaço de tempo, de cerca de 60 dias, que o dirigente se dedicará às funções no futebol da Raposa.
O acordo foi selado na noite deste domingo, depois de reunião entre Mattos e Pedro Lourenço, vice-presidente de futebol do Cruzeiro. O formato da negociação, no entanto, pegou de surpresa membros do Núcleo Dirigente Transitório, responsável pela administração do clube, e que se reunirá na manhã desta segunda-feira na Sede Administrativa. Saulo Fróes, presidente do grupo, esteve no encontro em Belo Horizonte.
Conforme apurou a reportagem, pesou na decisão de Mattos o fato de o Cruzeiro ter eleição presidencial marcada para meados de maio. Depois do período de trabalho do Conselho Gestor, um novo presidente assumirá, em 1º de junho, a vaga deixada por Wagner Pires de Sá, que renunciou ao mandato no último dia 19.
A ideia do Cruzeiro, conforme noticiou inicialmente a Rádio Itatiaia, é que um segundo profissional acompanhe de perto o trabalho de Mattos para que, na saída do dirigente, o trabalho possa seguir. Mattos participará do processo de renegociação contratual de vários jogadores e buscará ajudar na montagem do grupo que disputará Campeonato Mineiro, Copa do Brasil e Série B do Campeoanto Brasileiro em 2020.
Ainda que de forma provisória, Mattos retorna a Belo Horizonte depois de cinco anos no comando do futebol do Palmeiras. Antes de acertar a transferência para a equipe paulista, o diretor teve passagem pelo Cruzeiro entre 2012 e 2014. Ele venceu dois Brasileiros (2013 e 2014), além de um Campeonato Mineiro (2014).
Pelo Palmeiras, Mattos também levantou troféus. Ele participou da reestruturação do clube alviverde e foi campeão da Copa do Brasil (2015) e do Campeonato Brasileiro (2016 e 2018). Na reta final, porém, foi alvo de críticas por parte de torcidas organizadas e acabou demitido pelo presidente Maurício Galiotti em dezembro de 2019.
Reportagem atualizada às 22h23
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