“Não estamos preocupados em ser campeões da Copa do Brasil, pois sabemos que não vamos ser, a não ser que seja uma maior zebra. Seria bom demais. Vamos disputar o Campeonato Mineiro, que temos muitas chances. Nossa filosofia é tentar ganhar o Campeonato Mineiro, fazer uma boa campanha na Copa do Brasil e subir. São esses três objetivos que vamos pensar o dia inteiro”, projetou, antes de falar sobre o teto de R$ 150 mil.
“Não vamos abrir exceção de forma alguma, porque seria repetir o filme do passado (...) O máximo é R$ 150 (mil), mas não significa que todos vão ganhar R$ 150 (mil). Vai depender da avaliação técnica da diretoria de futebol, do técnico, dos novos comandantes. Volto a reafirmar que o teto é o que o Medioli falou: no máximo R$ 150 mil”, complementou.
Durante a entrevista, Froes também comentou as demissões em massa promovidas pelo Cruzeiro nessa quinta-feira. Mais de 80 profissionais foram informados sobre desligamentos e o clima foi de apreensão absoluta na Sede Administrativa. Sem dar prazos, ele garantiu que o valor total economia alcançada com essa medida impressionará todos os torcedores no momento em que for divulgado.
“Ainda prefiro não falar os números exatos, pois estamos fazendo levantamento. E ainda vai muita gente (ser demitida), porque a folha está muito inchada. Realmente são muitos cargos de forma desnecessária, e estamos tirando as pessoas que a gente julga que não necessidade de repor, fazendo adequação de cargos (...) Quanto ao valor, vocês vão assustar. Vamos falar quando estiver concluído. Daqui duas ou três semanas, voltando os jogadores, vamos divulgar sim, pois queremos transparência”, prometeu.
Veja outros pontos da entrevista de Saulo Froes, presidente do Núcleo Dirigente Trabsitório do Cruzeiro:
Novo diretor de futebol
"Já tínhamos (o nome), mas não conseguimos fechar por uma questão de circunstância. Também temos hoje uma limitação financeira, aspecto de avaliação e tudo mais. Mas estamos olhando essa parte. Pedro está mais na área de futebol, e ele pode comunicar a vocês. Mas não definimos um nome, não. Acredito que nas próximas horas ou na segunda-feira ele apareça. Mas, se não for, não há problema algum. Na terça, na quarta, ele apresenta. (Mattos) foi um nome ventilado, está sendo estudado, mas não há nenhuma definição".
Contrato com a Adidas
“Realmente, analisamos o contrato, apesar de ter opiniões diferentes, que falam de representantes da Adidas e tudo mais. O contrato, ao nosso ver, é totalmente a favor da Adidas. Não que seja um péssimo contrato, mas poderia ser melhor. E o que for para melhor, nós vamos defender o Cruzeiro. A gente fez essa notificação para nos resguardar. Ainda vamos ter uma conversa com eles, no dia 9. Quem sabe a gente não pode chegar a uma definição que possa ser benéfica, com eles melhorando o contrato, nós cedendo um pouco. Mas essa parte está com Vittorio Medioli, que é o responsável por toda a estratégia. Ele vai dar a opinião para o Conselho, que vai optar pela melhor opção”
Panorama financeiro
“Está muito difícil ainda. O horizonte está muito longe para a gente. Já demos um grande passo. As coisas começaram a clarear para a gente. Estamos bem mais animados. Mas temos que equilibrar o problema financeiro, que é muito grave. Não pretendemos, de forma alguma, dar qualquer tipo de calote ou posição que seja contra pagar. No nosso conceito, isso não existe. Infelizmente, assumimos essa dívida e vamos ter que honrar, mas dentro de uma normalidade e um planejamento financeiro de um novo Cruzeiro que vai surgir. Aquele Cruzeiro antigo não existe mais. Ou seja, assumir dívida para não ter condição de pagar, isso não vai acontecer com a gente. Só vamos assumir o que tivermos condições”
Problema com agente de Fabrício Bruno
"Achei falta de ética desse agente. Foi feito porque agora eles estão mexendo com gente séria, empresários que não estão lá para brincar. Esse tipo de coisa, aproveitando a saída do nosso diretor, eu considero inconcebível. São novos tempos, e eles têm de saber, todos, que haverá respeito da nossa parte, mas precisa ser recíproco. Tem que haver respeito, e não houve nesse caso. Agora está com nosso jurídico, que vai cuidar do caso."