Flávio e Fabiano eram os diretores mais ligados ao ex-presidente Wagner Pires de Sá, que renunciou ao mandato no último dia 19. A decisão pelas saídas partiu do Conselho de Notáveis, grupo de empresários do Conselho Deliberativo que assumiu a administração do Cruzeiro em 23 de dezembro.
Fabiano de Oliveira Costa, vale lembrar, é investigado pela Polícia Federal por suspeitas de desviar recursos do departamento jurídico do Cruzeiro. Ele nega as acusações. Seu afastamento chegou a ser definido pelo clube em meados de outubro, mas a administração do então presidente Wagner Pires de Sá voltou atrás e resolveu mantê-lo no cargo.
Outros diretores também poderão seguir o mesmo caminho. A reportagem apurou que o responsável pelo departamento comercial, Renê Salviano, e pela comunicação, Valdir Barbosa, têm os casos “sob análise”. Não estão descartadas demissões, mas também há possibilidade de que eles sigam no Cruzeiro.
No departamento de futebol, a saída de Marcelo Djian é tratada como certa dentro do clube desde que o Conselho de Notáveis assumiu a administração. Pedro Lourenço, que ficou responsável pela pasta, afirmou em sua primeira entrevista como dirigente que sonhava com Alexandre Mattos para o cargo e que o setor não teria “vários dirigentes” para as mesmas funções.
Essa é uma das primeiras etapas da reconstrução prevista pelo Conselho de Notáveis. Com dívida total em torno dos R$ 700 milhões, o Cruzeiro trabalha para enxugar a máquina e entregar um clube minimamente saneado ao próximo presidente, que assumirá em 1º de junho.