Antônio Claret Nametala deverá ser anunciado, no início de 2020, como novo gestor dos departamentos de marketing e comercial do Cruzeiro. Ao Superesportes, ele confirmou que recebeu o convite e que agendou uma reunião com o Conselho de Notáveis para os dias seguintes ao Réveillon.
Ex-diretor de marketing do Cruzeiro, entre 2005 e 2010, ele pretende ajudar, desta vez, em cargo não remunerado, uma vez que não poderá deixar a presidência executiva da AMIS (Associação Mineira de Supermercados). “Se eu pudesse, deixaria tudo e ficava por conta”, disse.
Assim como os membros do Conselho de Notáveis, Claret destacou a importância de encontrar novos meios de receita urgentemente. “Lá atrás, trabalhamos licenciamentos de produtos, publicidade estática. Precisamos, mais uma vez, encontrar novos espaços para gerar receitas. Reconstruir também alguma coisa do que já temos para encontrar os recursos”, projetou.
Durante a entrevista, o ex-diretor do clube também garantiu que não tetanará nova candidatura à presidência do Cruzeiro. Em setembro de 2011, ele anunciou que participaria do pleito como cabeça de chapa, mas mudou de ideia e, na condição de vice, juntou-se ao narrador Alberto Rodrigues. O vencedor da eleição realizada em 3 de outubro foi Gilvan de Pinho Tavares, por 391 votos a 48.
Leia, na íntegra, a entrevista com Antônio Claret:
Como recebeu o convite do Cruzeiro?
“Eu estou viajando, não estou em Belo Horizonte. Nós conversamos por telefone nesta semana, e ficamos de conversar pessoalmente quando eu voltar, depois do réveillon. Eu não posso deixar a presidência executiva da AMIS (Associação Mineira de Supermercados), mas a ideia é tentar ajudar da melhor forma possível o Cruzeiro. Pretendo ajudar da mesma forma que esse grupo (Conselho de Notáveis), sem qualquer remuneração”.
Você ficará responsável pelos departamentos comercial e marketing?
“Não falamos de área, especificamente. Eles estão trabalhando muito, eu estava por fora das coisas do Cruzeiro, do dia a dia. Fiquei de sentar quando voltasse e acertar no que poderia ajudar”
É possível tirar o Cruzeiro dessa situação caótica?
“Tem que trabalhar, mas é possível. Vai exigir muito trabalho e uma visão diferenciada de ação para realinhar tudo. Mas lógico que tem possibilidade. Já vimos situações mais difíceis no futebol. A união de forças é o diferencial do Cruzeiro neste momento. Os empresários que se colocaram à disposição para ajudar. Se eu pudesse, deixaria tudo e ficava por conta”
O que dá para fazer, na prática, para gerar receitas?
“Lá atrás, trabalhamos licenciamentos de produtos, publicidade estática. Precisamos, novamente, encontrar novos espaços para gerar receitas. Reconstruir também alguma coisa do que já temos para encontrar os recursos. Com o sócio bem posicionado, fica mais simples também. O grupo de empresários está fazendo uma avaliação de como está, do que precisa mudar, e eu vou ajudar, como parte disso, no que eu puder ajudar”
Em 2011, você tentou virar presidente e depois vice-presidente do Cruzeiro. Esse retorno indica que você tentará o cargo mais uma vez?
“Não tenho qualquer intenção de me candidatar à presidência. Naquela ocasião eu pensava que era importante me lançar, oferecer uma nova possibilidade ao clube, mas agora temos nomes muito melhores, inclusive nesse grupo de empresários”