Segundo o vice-presidente-executivo Vittorio Medioli, o teto salarial do elenco ficará na casa de R$ 150 mil, enquanto a folha completa girará entre R$ 4 e R$ 5 milhões. Como grande parte dos jogadores ganha acima desse valor, haverá tentativa de acordo para redução. Quem não concordar com a política de corte de gastos está autorizado a se transferir para outro clube.
“Chamaremos os atletas e negociaremos quem já tenha propostas de outros clubes. A nossa realidade é de Série B. Foi discutido o salário máximo que podemos pagar. Se quem está aí gosta da camisa do Cruzeiro e rebaixa o salário ao máximo que podemos pagar, ótimo. Agora, não podemos pagar alguma coisa que não temos. Em dívidas, só a folha de atletas são R$ 95 milhões. Absurdo. R$ 95 milhões”, afirmou Medioli.
Na Série B, a equipe que mais se aproximará do Cruzeiro em receita é o Vitória. No último dia 16, o Conselho Deliberativo aprovou orçamento de R$ 52 milhões - R$ 7 milhões a mais que em 2019. A reunião, contudo, não destrinchou a origem de cada arrecadação.
Rebaixado à segunda divisão ao lado do Cruzeiro, o Avaí tem previsão de arrecadar R$ 39 milhões, sendo R$ 18,1 milhões destinados ao futebol profissional. A Chapecoense, que também caiu para a Série B, vai apertar ainda mais o cinto, com R$ 13 dos R$ 38 milhões reservados à montagem do grupo e folha de pagamento reduzida de R$ 3 milhões para R$ 800 mil.
A Ponte Preta chegou a aprovar orçamento de R$ 64 milhões considerando uma subida à primeira divisão, mas não atualizou suas contas com a permanência na Série B. Se repetir 2019, usará R$ 24 dos R$ 39,9 milhões no futebol.
O América bateu na trave em relação ao acesso à Série A - ficou em quinto lugar, com 61 pontos, um a menos que o quarto colocado Atlético-GO. O presidente Marcus Salum já estabeleceu os recebíveis do clube em 2020: R$ 30 milhões.
Campeão da Série C, o Náutico terá orçamento de R$ 20 milhões, assim como o Operário, 10º colocado na Série B. Os demais participantes da segunda divisão não divulgaram suas projeções financeiras, mas tendem a receber entre R$ 12 e R$ 20 milhões - Paraná, CRB, Cuiabá, Botafogo-SP, Guarani, Brasil-RS, Oeste, Figueirense, Sampaio Corrêa, Juventude e Confiança-SE.