O torcedor do Cruzeiro já tem noção dos uniformes que encontrará nas lojas em 2020, quando será lançada a linha da Adidas, em substituição ao material da Umbro. Depois de a camisa branca vazar nas redes sociais em 11 de dezembro, nesta quarta-feira o site estrangeiro Footy Headlines divulgou imagens da versão principal, na cor azul.
Diferentemente da camisa branca, que chegará ao mercado com gola redonda, a azul será V.
Outra diferença de design será na apresentação das tradicionais três listras da fornecedora alemã. Enquanto na camisa branca elas ficarão posicionadas nas laterais, na versão azul elas aparecem no ombro, não se estendendo até as mangas.
Na parte frontal e nas costas da camisa azul, as três listras também aparecem como marcas d’água no tecido.
O contrato entre Cruzeiro e Adidas será válido por três anos, de janeiro de 2020 até dezembro de 2022, com opção de prorrogação por mais três, até o fim de 2025.
A Adidas já confeccionou os uniformes do Cruzeiro de 1985 a 1989. À época, a empresa exibia a icônica flor de lótus na camisa celeste.
A camisa daquele período é uma das favoritas da torcida cruzeirense, conforme mostrou enquete realizada pelo Superesportes em fevereiro de 2018. Dos modelos utilizados em competições internacionais, o da Adidas foi o segundo preferido, perdendo apenas para os uniformes dos anos de 1960 e 1970, que eram sem patrocínio.
Depois daquele contratos com a Adidas, o Cruzeiro teve parceria com Finta (1990 a 1996), Rhumell (1997 a 1998), Topper (1999 a 2005), Puma (2006 a 2008), Reebok (2009 a 2011), Olympikus (2012 a 2014), Penalty (2015 a 2016) e Umbro (2016 a 2019).
Sem valor fixo
No contrato firmado com a Adidas, o Cruzeiro não receberá um valor fixo, e sim um percentual por cada camisa vendida pela empresa aos lojistas. O valor por peça da fabricante para o comerciante seria de R$ 120. Além disso, há royalties de 7% das lojas oficiais do clube e da empresa de comércio eletrônico Netshoes.
Segundo números obtidos pelo Superesportes, o Cruzeiro embolsará, em 2020, 24% do dinheiro proveniente da comercialização das peças de fábrica. Em 2021, ano do centenário do clube, a comissão sobe para 27%.
Assim, em uma camisa com preço de custo de R$ 120, o Cruzeiro tem direito a 24% - ou seja, R$ 28,80. Já o uniforme vendido pelo lojista, por R$ 249,90, a participação seria de 7% - R$ 17,50. Na somatória, poderá faturar mais de R$ 46 por camisa.
A aposta é que com a Adidas, empresa bastante prestigiada por consumidores de produtos esportivos, o Cruzeiro consiga compensar a ausência de um valor fixo anual com a venda de camisas e outros produtos ligados ao clube (agasalhos, bonés, calças, meias, bolas, etc.). Para superar os R$ 6 milhões anuais pagos pela Umbro, será necessário comercializar no mínimo 210 mil peças, uma média de 17,5 mil mensais.
Adiantamento
Para conseguir quitar a folha de pagamento do mês de agosto do elenco, o Cruzeiro já antecipou R$ 2,5 milhões do contrato com a Adidas. Conforme apurou o Superesportes, o valor será descontado do royalty que a companhia alemã pode repassar para a Raposa pela comercialização dos uniformes.