Com a meta de reduzir a folha do Cruzeiro de R$ 15 milhões para R$ 5 milhões mensais em 2020, o Conselho Gestor terá que negociar rescisões contratuais e reduções de salários com jogadores. Eleito presidente do grupo de empresários incumbidos de reerguer o clube, Saulo Fróes disse que será preciso ter uma conversa difícil com os atletas no dia 6 de janeiro, data da reapresentação na Toca da Raposa II.
Com os salários de outubro, novembro e o 13º atrasados, os jogadores terão que escolher entre a permanência com um patamar salarial bem mais baixo ou a saída do Cruzeiro, em condições a serem negociadas.
“Faremos com transparência total para eles. Inclusive, nossa ideia é quando eles forem se reapresentar, vamos colocar as caras e mostrar a realidade do Cruzeiro. Quem aceitar entrar na realidade do Cruzeiro, vai ficar. É muito melhor sermos transparentes do que fazer o que fizeram aqui”, disse Fróes, referindo-se ao desastre que foi a gestão do presidente Wagner Pires de Sá, com crescimento considerável da dívida do clube.
Dos 33 jogadores do elenco que participaram da campanha no Brasileiro, com queda para a Série B, quatro já deixaram o Cruzeiro. O atacante Pedro Rocha, cedido pelo Spartak de Moscou, transferiu-se para o Flamengo. O volante Jadson e o atacante Joel foram emprestados a Bahia e Marítimo de Portugal, respectivamente. O meia-atacante Ezequiel foi devolvido ao Botafogo, detentor dos seus direitos.
O meia Thiago Neves e o zagueiro Fabrício Bruno acionaram a Justiça e pediram rescisão unilateral. Por sua vez, o lateral-esquerdo Dodô procurou a diretoria e está para fazer um distrato amigável.