À Polícia Civil, ex-diretora do Cruzeiro relatou que gestão de Wagner colocou dados confidenciais do clube e de sócios em risco
Rubiane Pires, ex-diretora de TI, informou à Polícia Civil, em depoimento, que sistemas, documentos e dados confidenciais do Cruzeiro foram extraídos dos servidores do clube em junho
O Cruzeiro iniciou, nessa segunda-feira, uma nova era. Após as renúncias do presidente Wagner Pires de Sá e de seus vices, Hermínio Lemos e Ronaldo Granata, um Conselho de Notáveis assumiu a administração do clube até a convocação de novas eleições, o que deverá acontecer em 60 dias. Apesar disso, as investigações contra a antiga gestão seguem na Polícia Civil de Minas Gerais. Um novo fato veio à tona. Em depoimento dado à PC em 10 de setembro e obtido pelo Superesportes, uma funcionária questionou uma mudança feita no departamento Tecnologia da Informação (TI) do clube, em junho, que teria colocado em risco ou exposto a manipulação dados confidenciais.
Desde maio, a Polícia Civil investiga possíveis atos irregulares de dirigentes do clube, especialmente o presidente Wagner Pires de Sá, o ex-vice-presidente de futebol, Itair Machado, e o ex-diretor-geral, Sérgio Nonato.
Em seu depoimento no transcurso das investigações, a diretora interina de TI do Cruzeiro, Rubiane Pires, demitida em junho, alertou que Robert Dolafi, hoje responsável pelo departamento e contratado por indicação do diretor financeiro Flávio Pena, copiou para um servidor externo (nuvem, de sua propriedade) “todos os programas, arquivos, banco de dados, além de tomar acesso irrestrito e administrativo de todos os servidores do clube”. Entre as informações estariam notas fiscais, folhas de pagamento e dados pessoais de sócios, associados e conselheiros do Cruzeiro.
Rubiane foi intimada e prestou três depoimentos à Polícia Civil sobre as denúncias contra a diretoria do clube.
Dolafi é diretor de operações da companhia multinacional Offerwise, especializada em pesquisa de mercado e presente em seis países. Mas, no Cruzeiro, presta serviço em nome de outra empresa de sua propriedade: a Iz Servicos De Escritorio Ltda.
Em junho, a gestão de Wagner terceirizou o departamento de TI ao executivo. De acordo com o depoimento de Rubiane Pires à Polícia Civil, Dolafi passou a trabalhar no clube sem comprovar a ela, a então diretoria da área, vínculo legal com o Cruzeiro.
No depoimento, Rubiane relatou que Dolafi, mesmo sem ter contrato, passou a ter acesso “irrestrito e imediato” a informações confidenciais, como contratos de jogadores, notas fiscais, sistema de gestão do sócio do futebol, sistema de gestão dos associados do clube, sistema de gestão dos conselheiros, sistema de gestão financeira, contábil e fiscal, folha de pagamento e todas as informações exclusivas e sigilosas do clube.
Logo no primeiro dia de trabalho, de acordo com o relato da ex-diretoria à Polícia Civil, Dolafi e três funcionários de sua empresa, a Iz Servicos De Escritorio Ltda, extraíram arquivos, sistemas e dados sensíveis do clube e transferiram para o servidor on-line da Amazon, em sua conta pessoal. Até então, segundo ela, o Cruzeiro usava uma base de dados híbrida, com servidores físicos e nuvem da empresa Oracle.
Rubiane contou à Polícia Civil que solicitou a Dolafi um contrato que comprovasse sua ligação com o clube e que formalizasse isso por e-mail. Como o novo diretor de TI não atendeu ao pedido, Rubiane procurou o diretor-geral Sérgio Nonato e o vice-presidente, Hermínio Francisco Lemos. “Os mesmos não tomaram qualquer providência”, diz o depoimento.
A então diretora ainda buscou ajuda do presidente do Conselho Deliberativo, Zezé Perrella. Ela protocolou um documento ao órgão do Cruzeiro, expressando a seriedade do tema, mas, segundo o depoimento, também não teve qualquer retorno.
“Nas duas semanas em que trabalhou ao lado de Robert, a declarante (Rubiane) e sua equipe se sentiram coagidos e ameaçados, pois Robert a todo momento dizia que iria demitir os funcionários”, diz trecho do depoimento obtido pelo Superesportes. No primeiro dia de trabalho, segundo a ex-funcionária, Dolafi perguntou se ela “gostaria de ser demitida ou se demitir”.
De acordo com o depoimento de Rubiane, Dolafi transferiu os dados do clube para um ambiente particular dele, em que só ele teria acesso. “Se Dolafi sair do clube, o Cruzeiro terá que pagá-lo pela utilização de um sistema que era de propriedade do próprio clube”, diz o depoimento. “Dolafi pode vender para outros clubes um sistema que era exclusivo do Cruzeiro, pode manipular o sistema como quiser”.
Em 12 de junho, Wagner Pires de Sá e o então presidente do Conselho Deliberativo, Zezé Perrella, receberam uma carta assinada por Rubiane Pires e alguns funcionários da TI na qual foram expostas as preocupações acerca do procedimento feito por Dolafi. (leia, na íntegra, ao fim da reportagem). O Superesportes também obteve esse documento e optou suprimir os nomes dos profissionais para preservá-los.
“Viemos, através desta carta, formalizar os riscos iminentes acerca do trabalho que vem sendo realizado no departamento, uma vez que não nos foi apresentado nenhum contrato de vínculo legal, nem termo de confidencialidade onde o Cruzeiro estaria resguardado”.
Em um dos pontos, os profissionais ressaltam que ”a rede de computadores está sendo mapeada sem acompanhamento da equipe interna”. “Não temos intenção de questionar a decisão de Vsa., porém, diante dos fatos expostos, enxergamos uma grande vulnerabilidade de segurança e nos sentimos no dever de alertá-los”, complementa.
Após os alertas em sequência, Rubiane acabou demitida do Cruzeiro dias depois pelo ex-vice-presidente, Hermínio Lemos. No depoimento, a ex-funcionária relata que o então dirigente só avisou que aquela tinha sido uma determinação do presidente Wagner Pires de Sá e que não havia qualquer tipo de explicação que pudesse ser dada.
Mudança no balanço pedida por Flávio Pena
Durante o depoimento à PC, Rubiane também deu detalhes do pedido de Flávio Pena, diretor financeiro, para que o balanço do Cruzeiro de 2017 - último ano da gestão do presidente Gilvan de Pinho Tavares, adversário político de Wagner Pires de Sá - tivesse dados alterados.
“Flávio Pena solicitou a Juliany Narjara (contadora do clube) que entrasse em contato com a declarante (Rubiane), para que ela (Rubiane) realizasse mudanças no balanço contábil de 2017”, diz o depoimento. A ex-diretora interina de TI do Cruzeiro, que alegou não saber quais eram as mudanças, garantiu que se negou a realizar as mudanças “por questões legais”.
Flávio Pena deu sua posição sobre o pedido de alteração do balanço. "O balanço de 2017 foi recorrentemente aberto em função da auditoria que estava sendo feita pela BDO. E, dois meses depois que entrei, percebi que havia lançamentos de débitos que não estavam contemplados no balaço, principalmente a dívida da Minas Arena referente ao período de 2016 e 2017. Após o encerramento da auditoria, consolidou-se o balanço para a apresentação ao Conselho Deliberativo. Entretanto, nesta vacância entre o fechamento e a reunião de aprovação, foi descoberto o pré-contrato no qual previa uma entrada de R$ 94 milhões como luvas. Porém, parte dessas luvas, R$ 22 milhões, não eram luvas, mas sim empréstimo. Então, automaticamente o lançamento contábil estava errado. Imediatamente, eu pedi para que a Juliany alterasse as informações do balanço. Ela, por sua vez, pediu à área de TI, que não conseguiu fazer a alteração".
Leia carta enviada por Rubiane ao presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá, e ao presidente do Conselho Deliberativo, Zezé Perrella:
Com base no depoimento de Rubiane à Polícia Civil, o Superesportes procurou os principais citados e ouviu os posicionamentos feitos por Robert Dolafi, hoje diretor de TI terceirizado, pelo ex-presidente Wagner Pires de Sá e pelo diretor financeiro Flávio Pena. A ex-diretora de TI também foi procurada, manteve sua versão e detalhou alguns pontos.
Posição de Robert Dolafi
Robert Dolafi alegou ao Superesportes que assumiu o departamento de TI do Cruzeiro no lugar de Rubiane Pires com aval do presidente Wagner Pires de Sá e do diretor-geral Sérgio Nonato. De fato, ele foi indicado ao cargo pelo diretor financeiro Flávio Pena. “Nossos filhos estudam juntos, e ele me conhece como um profissional da área de TI. Houve um processo de seis ou sete meses conversando com o Cruzeiro e fazendo análises”.
Acerca da transferência de dados do clube para o servidor on-line da Amazon, Dolafi disse que, desde o começo, tratava-se de uma conta registrada com CNPJ do Cruzeiro. “Não é nada meu, não tenho servidor, a conta da Amazon é do Cruzeiro, com CNPJ…Ela (Rubiane) é uma pessoa que saiu do clube. Quem é dono dessa conta é o Cruzeiro na Amazon, CNPJ do Cruzeiro, tudo do Cruzeiro. Não é meu. Ela não tem a informação correta, não vou falar que ela inventou, nunca conversei com ela sobre isso. Presto serviço de TI, de infraestrutura, de nuvem e de desenvolvimento. Não tenho acesso a todos os documentos, porque tem vários tipos de servidores, vários usuários que dependem da função para ter acesso”.
Indagada sobre essa afirmação do atual diretor terceirizado da TI, Rubiane reforçou o que declarou à Polícia. Segundo ela, os dados sensíveis do clube foram, inicialmente, para uma conta de Dolafi na Amazon. “Quando entrou no Cruzeiro, ele transferiu os dados sensíveis do clube para a nuvem da Amazon, numa conta pessoal dele. O Cruzeiro não tinha conta lá. Eu era diretora e sabia que não tinha. Ele nem fez questão de esconder que estava passando tudo para uma conta dele. Posteriormente, depois que eu já tinha saído, ele criou outra conta na Amazon, essa do Cruzeiro, e transferiu os dados pra lá. Eu soube disso. O torcedor pode ter percebido que o site do Cruzeiro e o site do sócio andaram caindo. Foi nesse período que eles transferiram para a Amazon, numa conta já do Cruzeiro”.
A transferência dos dados do servidor on-line da Oracle para o da Amazon, segundo Dolafi, teve, em primeiro lugar, motivação econômica. “Trocamos a Oracle pela Amazon por causa de custo. A situação financeira do clube não é boa, precisa diminuir os custos. A Oracle era X; agora está 45% a menos com a Amazon. A expectativa é 70% a menos de gastos no fim deste ano”.
A mudança também teria sido motivada pelo vazamento constante de documentos do clube à imprensa. Ao transferir os dados para outro servidor, Dolafi disse ter elevado o nível de segurança das informações confidenciais do Cruzeiro. “Na época que essa mulher (Rubiane) era gerente, tinha muitos problemas de vazamentos para a imprensa, coisas particulares do clube. A ideia era controlar e ter mais segurança porque são informações sensíveis que saíam na imprensa”, alegou Robert Dolafi.
O diretor de TI terceirizado negou que o Cruzeiro tenha se tornado refém do seu trabalho, com base na maior restrição ao acesso dos dados confidenciais. No clube ou fora dele, Dolafi prometeu manter as informações totalmente acessíveis aos dirigentes com as respectivas autorizações. “Eu sou profissional de TI, tenho contrato e vou entregar todos os dados para o clube, todo modo de operação quando sair. Se sair, a gente faz uma transição profissional. Todas as ferramentas e métodos usados para gerenciar a área de TI são padrões de mercado. Comigo, mudou o profissionalismo, mudaram os custos, que estão controlados, o processo é padronizado. Estamos mais modernos e no nível das melhores empresas do mercado”.
Dolafi foi convocado pela Polícia Civil para prestar depoimento sobre as denúncias no Cruzeiro, mas não chegou a fazê-lo. Independentemente disso, ele garante estar seguro que seu trabalho foi feito com lisura e dentro da lei. “Nada chegou para mim para dar depoimento. Quem faz uma coisa certa tem que ficar tranquilo. Sou profissional da área, estou prestando serviço ao clube. O contrato que temos é de dois anos, mas o Cruzeiro pode rescindir o contrato quando quiser, não tem multa”.
O diretor de TI terceirizado ainda não tem informação se será mantido na função pelo Conselho Gestor que assumiu o clube na segunda-feira. Se depender dele, o contrato será cumprido. “Vou continuar, essa mudança não tem nada a ver com essa área de TI, ainda vai ter demanda dos sistemas internos e externos. Não tenho previsão do que eles vão fazer, mas vou ficar se eles estiverem felizes com meu trabalho”.
Robert relatou que comparece à Sede Administrativa do Cruzeiro, em média, três vezes por semana. Na maior parte do tempo, seu trabalho é remoto. O analista divide seu tempo entre tarefas do clube e das empresas Offerwise e Iz. “Eu trabalho por demanda. Eu tenho funcionários que prestam o serviço, e eu gerencio. Nas minhas empresas, tenho muitos funcionários e não preciso estar presente. No Cruzeiro, tenho um gerente que reporta tudo a mim. Vou eventualmente, duas ou três vezes por semana”.
Posição de Wagner Pires de Sá
O ex-presidente Wagner Pires de Sá desqualificou o depoimento de Rubiane à Polícia Civil. Ele chegou a afirmar, ao Superesportes, que ela nunca foi diretora de TI. “Demiti ela por incompetência, ela era funcionária. Quando demitimos alguns gestores, ela foi ficando e nunca assumiu a direção. Ela fala que foi diretora, mas nunca foi, ela foi ficando. Inclusive, dizem, eu não posso afirmar, que vários dados que saíram na imprensa, para todos lados, saíram da TI”.
Procurada pela reportagem, Rubiane rebateu o ex-presidente. “Sobre o cargo, quando o Breno Muniz (diretor de TI que a antecedeu) saiu, o Sérgio Nonato (ex-diretor-geral) me chamou na sala do Fabiano (de Oliveira Costa, diretor jurídico) e me promoveu interinamente a diretoria da TI, por um período de experiência que se estendeu até a minha saída. Assinava como diretora, assumi todas as obrigações e responsabilidades como diretora, inclusive participei de uma ação interna no Dia das Mulheres.”.
Wagner Pires de Sá ainda acusou Rubiane Pires de dar declarações falsas à Polícia Civil. “Declaração falsa dela. Se ela fez as acusações, ela terá que provar. Se não provar, vai dar problema para ela com a própria polícia por depoimento falso. É crime o que ela está fazendo, tem que comprovar isso, é um ato temeroso, está falando coisas temerosas. A própria polícia pode indiciá-la”, disse o dirigente à reportagem.
Ao Superesportes, Rubiane voltou a se defender em relação às acusações feitas por Wagner Pires de Sá. “Sobre falso testemunho, o que tenho a dizer é: se eu me omitisse, seria conivente. Se eu mentisse, seria culpada. Então, optei pela verdade”.
Sobre o trabalho de Robert Dolafi e os comportamentos dele relatados por Rubiane no depoimento à Polícia Civil, Wagner Pires de Sá garantiu estar seguro dos bons serviços prestados.
“A área de TI era uma das mais incompetentes dentro do Cruzeiro. Pagávamos absurdos para dados que nunca precisamos. Tenho total confiança nele (Dolafi), tem demonstrado que é homem sério. O Cruzeiro não tinha propriedade de nada, era um absurdo, as despesas caíram mais de 70% em relação a isso. Tenho que olhar os números, mas acredito que eram R$ 3 milhões, e ele passou para R$ 700 mil. E está caindo mais porque vai ser tudo de propriedade do Cruzeiro”, disse Wagner, sem explicar com exatidão a quais números se referiu.
Ele ainda emendou: “O Cruzeiro vai ter posse de todas as propriedades, antes alugava para dezenas de contratos, é só ir lá e olhar. Veja a quantidade de contratos com terceiros. Agora, o Cruzeiro tem condição de ter todos os dados internos de propriedade. Se o Robert sair, os dados estão resguardados”, garantiu o ex-mandatário.
Por fim, numa fala sem nexo, Wagner Pires de Sá disse que Robert reduziu os custos até do “wifi” da Sede Administrativa. “Antes o Cruzeiro pagava, por exemplo, não sei bem como é isso de tecnologia, mas a empresa tem várias empresas terceirizadas, tinha dezenas de contratos, eram um absurdo o que se pagava. O wifi que custou R$ 100 ao Cruzeiro, o clube pagava não sei quantos mil por mês. E ele mudou para um aparelho, e o Cruzeiro não paga nada”.
Posição de Flávio Pena, diretor financeiro
Ao longo dessa segunda-feira, o Superesportes procurou o diretor financeiro do Cruzeiro, Flávio Pena, mas ele não atendeu a reportagem. O executivo só fez contato com um dos repórteres da equipe depois da entrevista feita com Robert Dolafi.
Pena exaltou a gestão do amigo na TI do Cruzeiro. “Todos os contratos com empresas de programação foram cancelados e já geramos economia de R$ 1,5 milhão”.
Segundo o diretor financeiro, a transferência de dados da nuvem da Oracle para a Amazon resultou em economia considerável para o clube, sem prejuízo no contrato. “A Oracle custava R$ 38 mil por mês e a Amazon R$ 12 mil. E elas prestam o mesmo serviço. E Amazon é melhor tecnicamente”, assegurou Flávio Pena.
Assim como o presidente Wagner Pires de Sá, Pena desqualificou o depoimento de Rubiane à Polícia Civil. “Isso é uma ilação absurda. Ela, como gerente, também poderia ter acesso a todos esses dados (confidenciais do clube), não só o Dolafi. O delegado percebeu isso, porque, pelo visto, não deu prosseguimento a essa investigação contra o Cruzeiro”.
O diretor financeiro ainda insinuou que os vazamentos de documentos do clube, que geraram as investigações da Polícia Civil, partiram da TI no período em que Rubiane era a responsável. “Te pergunto quem aqui que vazou balancetes, contratos, quem vazou? Uma pessoa que tem acesso a isso tudo. Mas não estou dizendo que foi essa ex-gestora”.
Por fim, Flávio Pena explicou por que indicou Robert Dolafi ao Cruzeiro. “O Robert é um conhecido meu, pai de um coleguinha da minha filha, fiquei sabendo que veio dos EUA. Ele tem empresa em vários países, isso significa que tem capacidade técnica. Começamos a avaliar o perfil dele, e foi apresentado ao Wagner (ex-presidente). Ele tramita muito bem, e conhece pessoas na Amazon. O Robert conversou com representantes da Amazon nos EUA, e nunca a Amazon havia dado um crédito de 100 mil dólares. O clube vai abatendo esse valor mês a mês. Quando terminar, começaremos a pagar a empresa os R$ 12 mil por mês (da nuvem)”, contou Pena.
O que diz a Polícia Civil sobre as investigações
As investigações da Polícia Civil no Cruzeiro estão em andamento há sete meses. A gestão de Wagner Pires de Sá é suspeita de cometer crimes de lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e falsidade ideológica. Os principais alvos são Wagner, o ex-vice-presidente de futebol Itair Machado e o ex-diretor-geral Sérgio Nonato.
Itair e Sérgio saíram do clube em outubro, em meio a forte pressão pelas denúncias. Wagner Pires de Sá e seus dois vices eleitos renunciaram em 20 de dezembro.
A Polícia mantém as informações das investigações em sigilo.