Conforme já tinha adiantado em entrevista ao Superesportes, o dirigente afirmou que quer contar com Alexandre Mattos na direção de futebol. Ele disse que o departamento não terá vários funcionários como ocorre hoje. A Raposa conta com o diretor Marcelo Djian, o gerente Marcone Barbosa e o supervisor Pedro Moreira.
Alexandre Mattos colocou como condição para voltar ao clube a permanência de Pedro Lourenço. Isso vai depender de quem assumir após as eleições de maio para o mandato-tampão até dezembro. Contudo, o clube terá novo pleito em dezembro de 2020 para um mandato de três anos.
"A minha responsabilidade vai ser uma das mais difíceis, porque a gente pegou um time de Série A na Série B. Não tem recurso, não tem caixa para pagar, então nós vamos ter que mexer. O Adilson está mantido, eu conheço o Adilson há mais tempo, tenho confiança nele. Agora, o resto da diretoria... a minha ideia é trazer o Alexandre Mattos. O Alexandre está fora da país. Já tive conversa com ele, e ele disse que no ano que vem não vai trabalhar nos grandes clubes porque tomou muita batida em São Paulo e, se eu desse garantia para ele que ia ficar, comigo ele viria com um salário bem dentro da realidade do Cruzeiro. A torcida tem que entender que o Cruzeiro é um time quebrado, não tem dinheiro para pagar um cozinheiro”, frisou Pedrinho.
“Nós vamos ter que conversar com todo mundo. Não tem como pagar atleta R$ 500 mil, R$ 1 milhão. Então, vamos ter que conversar com eles e ver o que é melhor, porque se nós não temos caixa, não tem como pagar. Se manter, a gente não tem como pagar. Temos que conversar com eles e encaixá-los em outros clubes, onde eles acharem melhor. Dentro de uma normalidade, todo mundo tem seu contrato, mas se não tem como pagar, são duas realidades. Espero que eles entendam isso, são pessoas inteligentes, eles já têm a vida feita”, acrescentou.
Pedro Lourenço disse que é o momento de dar mais espaço a jogadores da base.
“E é cuidar mais dos meninos e montar um time no Mineiro, além de fazer um time para subir. Depois a gente volta aos velhos tempo, se Deus quiser. Meu compromisso é esse, de honestidade, mas passar a mão na cabeça de ninguém eu não vou, trabalho só com pessoa que for honesta e direita. Três diretores de futebol o Cruzeiro não vai ter, diretor é um só. Viajar com 20 e tantos jogadores não é comigo. Se você escala 11 e pode colocar mais três, você não pode viajar com três goleiros, vou conversar com o Adilson. Eu tenho que reduzir custo, não adianta ter quatro diretores que ganhem R$ 100 mil, R$ 200 mil. É melhor um que resolva todos os problemas. Essa é a minha proposta e vou ser sincero e transparente com a realidade. Vou ser transparente. A gente não sabe nem quem vai ficar", destacou.