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Cruzeiro esclarece condições exigidas para negociar Fabrício Bruno e se mostra surpreso por ação na Justiça do Trabalho

Clube celeste deu a sua versão sobre interesse do Celtic pelo zagueiro

postado em 21/12/2019 14:30 / atualizado em 21/12/2019 15:37

(Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro)
O Cruzeiro esclareceu as condições exigidas para vender o zagueiro Fabrício Bruno. Por meio de nota oficial, o clube informou que não recebeu proposta oficial do Celtic, da Escócia, mas apenas uma consulta por meio do empresário do atleta, Fábio Mello.

Conforme a versão do Cruzeiro, Mello explicou que os escoceses tinham interesse em Fabrício e queriam pagar 300 mil euros (R$ 1,36 milhão) por seu empréstimo, de janeiro a junho de 2020. A contratação definitiva sairia por 2,5 milhões de euros (R$ 12,7 milhões).

O clube entendeu que a quantia era baixa e pediu 1 milhão de euros (R$ 4,54 milhões) pelo empréstimo e 4 milhões de euros (R$ 18,16 milhões) para liberá-lo em definitivo. O diretor de futebol Marcelo Djian ressaltou que o zagueiro de 23 anos voltaria desvalorizado se não permanecesse na Escócia.

O empresário Fábio Mello considerou alta a pedida do Cruzeiro, porém prometeu trabalhar para subir os valores do empréstimo. Ele ainda teria convidado Marcelo Djian para acompanhá-lo na viagem a Londres, onde seria sacramentada a negociação.

Os dirigentes celestes ressaltaram que em nenhum momento encerraram as conversas, porém foram surpreendidos por uma ligação de Mello para Marcelo Djian e o supervisor administrativo Benecy Queiroz. No contato, o agente avisou que o caso seria levado à Justiça.

Em ação no Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região de Belo Horizonte, Fabrício Bruno pleiteia R$ 3.554.568,66, mas o valor da causa pode ultrapassar R$ 4 milhões. Trecho da petição detalha as principais pendências do Cruzeiro com o defensor: três meses de salário, seis meses de direitos de imagem, recolhimento de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o dinheiro a ser recebido até o fim de seu contrato, em dezembro de 2021.

Circula nas redes sociais uma suposta mensagem do zagueiro no chat do Instagram, na qual ele afirma que abriria mão de tudo que tem a receber se Cruzeiro aceitasse vendê-lo ao Celtic. O advogado de Fabrício, João Chiminazzo, afirmou ao Superesportes que o seu cliente está disposto a conciliar.

“Sempre estamos abertos a conversar, conciliar e chegar à melhor alternativa possível. Foi tentado conciliar antes, inclusive por meio da proposta que o Celtic trouxe. Era uma das formas de tentar a conciliação. O Cruzeiro disse que não aceitava e não liberava o jogador. Também não havia a previsão de pagamento de salário, por isso entramos com a ação. Mas estamos dispostos a conversar com o Cruzeiro, desde que eles queiram”.

Formado na base celeste, Fabrício subiu ao time principal em 2016. Desde então, disputou 34 jogos e marcou um gol. Em 2017 e 2018 esteve emprestado à Chapecoense, pela qual participou de 60 partidas, com dois gols anotados. Em 2019, integrou o elenco do Cruzeiro que foi rebaixado à Série B - 17º lugar no Brasileiro, com 36 pontos em 38 rodadas.

Em janeiro, o Cruzeiro recusou oferta de 400 mil euros (R$ 1,7 milhão) para emprestar Fabrício ao SPAL, da Itália, até junho de 2020. Na proposta, os direitos econômicos do zagueiro ficariam fixados em 4 milhões de euros (R$ 17 milhões).

Leia a nota oficial do Cruzeiro


O Cruzeiro Esporte Clube esclarece que não recebeu nenhuma proposta oficial vinda do Celtic, de Glasgow, da Escócia, pelo zagueiro Fabrício Bruno. O agente do atleta, Fabio Mello, esteve esta semana na Toca da Raposa 2 em companhia de Fabrício Bruno e se reuniram com a diretoria do Clube, representada pelos diretores Marcelo Djian, Benecy Queiroz, Valdir Barbosa e o vice de futebol Marcio Rodrigues.

Fabio Mello relatou que esteve reunido com dirigentes do clube escocês em Londres, Inglaterra, e que estava autorizado a fazer uma proposta por empréstimo de janeiro a junho de 2020, com o Celtic pagando 300 mil euros pelo empréstimo e mais 2,5 milhões de euros se Fabrício Bruno fosse aprovado nesse período.

O Cruzeiro não aceitou e contrapropôs 1 milhão de euros pelo empréstimo e 4 milhões de euros se o jogador fosse aprovado. O diretor de futebol Marcelo Djian disse inclusive que, “se Fabrício Bruno não ficasse no Celtic, ele voltaria desvalorizado e o Cruzeiro só receberia 300 mil euros, quantia muita pequena”.

O agente do zagueiro informou que a quantia pedida pelo Cruzeiro era um pouco alta, mas que trabalharia para subir os valores do empréstimo e da venda. Fábio Mello disse ainda que estaria viajando no dia 26 de dezembro para Londres e convidou Marcelo Djian para acompanhá-lo na negociação.

O Cruzeiro em nenhum momento deu por encerrada a negociação, mas foi surpreendido pelo agente Fabio Mello que posteriormente ligou para Marcelo Djian e Benecy Queiroz pedindo desculpas e avisando que o caso seria levado à Justiça por Fabrício Bruno.

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