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De saída do Cruzeiro, Márcio Rodrigues diz que entregará 'futebol' a Conselho Gestor com planejamento adiantado

Vice-presidente de futebol ficou pouco mais de uma semana no cargo

Bruno Furtado
Márcio Rodrigues deixará vice-presidência de futebol a partir da entrada do Conselho Gestor - Foto: Cruzeiro/Divulgação A posse do Conselho Gestor do Cruzeiro, nesta sexta-feira, a partir das renúncias de Wagner Pires de Sá, Hermínio Lemos e Ronaldo Granata, resultará na destituição de Márcio Rodrigues no cargo de vice-presidente executivo de futebol. O empresário do ramo atacadista assumiu a função em 12 de dezembro e participou do início do planejamento do clube para a temporada 2020 ao lado do diretor de futebol Marcelo Djian.



Entre os oito integrantes do Conselho Gestor, chamado também de Conselho de Notáveis, o empresário Pedro Lourenço ficará responsável pela pasta do futebol. O nome mais cotado para ser o novo diretor-executivo, no lugar de Djian, é de Alexandre Mattos

Ouvido pelo Superesportes, Márcio Rodrigues disse que não ficará frustrado com a saída do Cruzeiro pouco mais de uma semana depois de assumir a vice-presidência de futebol.

“Não tenho apego a esse cargo. A gente está no Cruzeiro para apagar incêndio, estamos ajudando o Cruzeiro. Não fico decepcionado, estou aqui para ajudar. Não tenho pretensão de ser candidato. Ajudei a fazer o começo do planejamento, estamos reestruturando todo o futebol. Quando o Conselho Gestor entrar, eles vão pegar alguma coisa adiantada”, disse.

No período em que ficou na vice-presidência de futebol, Márcio Rodrigues renovou o contrato do técnico Adilson Batista, emprestou Jadson ao Bahia, Joel ao Marítimo de Portugal e encaminhou alguns acordos de rescisão com jogadores do grupo de 2019. “Conversamos com agentes, estamos negociando as saídas de alguns jogadores, pois não teremos como arcar com os salários. Estamos organizando o departamento de futebol também. Já acertamos a saída de funcionários, demissões e o deslocamento de alguns para outras áreas. A maioria está de férias e, quando voltar, vai ser desligado”.



Márcio se colocou à disposição do Conselho Gestor para fazer a transição. “Deixa o pessoal chegar com vontade de trabalhar. Eu dei uma pequena cota de contribuição para ajudar o Cruzeiro a se reerguer, perdi noites de sono. Essa é uma função que exige tempo, não apenas uma, duas horas por dia. Tem que doar seu tempo integral ao cargo. Exige muita responsabilidade. Que os novos gestores tenham sorte. Vou ajudar no que puder”.

O empresário voltará a se dedicar aos seus negócios pessoais, mas está confiante de que o Cruzeiro superará a crise financeira e voltará à elite nacional em 2021, ano do centenário. “A redenção do Cruzeiro depende de duas coisas: o pessoal administrar bem e da torcida. Se a torcida abraçar a causa, creio que o Cruzeiro sairá rápido dessa crise. Precisamos de um número expressivo de sócios para o clube gerar receita e ter meios de se manter”.