Ao Superesportes, Dalai revelou que conversou com Wagner por telefone nesta manhã. “Tivemos um contato por telefone e ele reafirmou o objetivo da renúncia. Tanto ele como o Hermínio”, garantiu Dalai, reforçando o que já havia afirmado em carta aberta divulgada nessa terça-feira, quando informou que apenas o segundo vice, Ronaldo Granata, ainda estava resistente para entregar o cargo.
Na noite dessa terça, porém, Granata mudou de posição. Após forte pressão, o dirigente aceitou colocar um “ponto final” na história. À reportagem, seu assessor confirmou que, após reuniões, o vice-presidente convocaria uma entrevista coletiva para dizer que está disposto a renunciar caso Wagner e Hermínio sigam o mesmo caminho. Contudo, o segundo vice ainda não oficializou o desejo a Dalai.
Se as renúncias forem confirmadas, um Conselho Gestor assumirá a administração do Cruzeiro.
O Conselho Gestor será composto por Pedro Lourenço, dono do Supermercados BH; Emílio Brandi, do grupo Nova Safra; Pietro Sportelli, presidente da Aethra; Alexandre de Souza Faria, da Multiseg; Carlos Ferreira Rocha, do Frigorífico Uberaba; Saulo Tomaz Froes, da Lokamig; e Jarbas Matias dos Reis, que participou da comissão de sindicância e que integrou o conselho criado por Zezé Perrella em outubro para ajudar na administração.
O empresário Aquiles Diniz preferiu auxiliar na gestão tendo uma cadeira simbólica na Sede Administrativa, mas sem participar do grupo formalmente.
O que falta?
Nas redes sociais, os cruzeirenses vivem a expectativa pelo anúncio da renúncia coletiva e se perguntam “o que falta” para que ela seja oficializada. O principal entrave ainda é Ronaldo Granata. Embora ele tenha indicado aceitar a renúncia, ainda não há uma manifestação feita diretamente a Dalai Rocha.
Outro ponto são os ajustes jurídicos de uma renúncia. A reunião de Dalai com a mesa diretora do Conselho Deliberativo tem como objetivo, justamente, tratar desses pontos e definir como tudo será feito para que o Conselho Gestor possa assumir tão logo Wagner, Hermínio e Granata deixem seus cargos.
Procurados, Wagner Pires e Hermínio Lemos não retornaram os contatos até a última atualização desta reportagem.