Após pressão, Granata decide deixar o Cruzeiro caso Wagner e Hermínio também renunciem

Após muita pressão, Ronaldo Granata aceitou renunciar à segunda vice-presidência do Cruzeiro. Nesta quarta-feira, ele anunciará, em entrevista coletiva, que aceita deixar o cargo se o presidente Wagner Pires de Sá e o primeiro vice, Hermínio Lemos, também deixarem seus postos. A informação foi confirmada ao Superesportes por seu assessor, José Ribeiro.

Na manhã desta terça-feira, o presidente do Conselho Deliberativo do Cruzeiro, José Dalai Rocha confirmou, em carta aberta, que apenas Granata ainda resistia no cargo. "Por parte do presidente Wagner Pires e do vice-presidente Hermínio Lemos encontramos desprendimento, desapego ao cargo ante os interesses maiores do Cruzeiro", escreveu Dalai. 

Na tarde desta terça-feira, Granata ainda não admitia deixar o clube, mesmo com a saídas iminentes de Wagner e Hermínio. Ele admitia a hipótese apenas se empresários dispostos a investirem no clube dissessem que ele era uma "pedra no caminho". O vice-presidente mudou de opinião no mesmo momento em que torcedores do Cruzeiro se manifestaram pela renúncia na porta de sua casa. Cerca de 100 pessoas estiveram no ato.

A torcida do Cruzeiro deseja a renúncia coletiva para que um grupo de empresários possa assumir a administração do clube até a convocação de novas eleições. Um Conselho Gestor deverá ser formado por Pedro Lourenço, do Supermercados BH, e Emílio Brandi, do Grupo Nova Safra. Outro que poderá integrar o grupo é o empresário Aquiles Diniz.