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Dalai convocará Conselho do Cruzeiro para votar afastamento de Wagner e vice-presidentes

Votação ocorrerá na primeira quinzena de janeiro

postado em 17/12/2019 13:28 / atualizado em 19/12/2019 18:33

(Foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

O presidente do Conselho do Cruzeiro, José Dalai Rocha, vai convocar o Conselho para votar os afastamentos do presidente Wagner Pires de Sá e de seus vice eleitos, Hermínio Lemos e Ronaldo Granata, e a instauração de um Comitê Gestor para administrar o clube. A reunião extraordinária ocorrerá na primeira quinzena de janeiro.

Dalai vinha negociando a renúncia coletiva, mas não obteve êxito. Wagner e Hermínio se mostraram favoráveis, mas Granata não quer sair.

“Inviabilizando o plano A, temos o plano B. Estamos atendendo o requerimento de mais de 200 conselheiros”, disse o presidente do Conselho.

Dalai Rocha articulou a montagem do Conselho Gestor para assumir o Cruzeiro. Dos cinco integrantes, dois seriam Pedro Lourenço, da rede Supermercados BH, e Emílio Brandi, do grupo Nova Safra. Outro provável componente é o empresário Aquiles Diniz.

O presidente do Conselho acredita que a mobilização dos empresários vai continuar mesmo com o revés na negociação. “Não vai enfraquecer esse movimento porque antes de tudo são cruzeirenses preocupados com o futuro do clube. Se não podem atuar agora, que seria o ideal, tenho certeza de que na segunda etapa jamais vão negar”, frisou

“O caminho mais viável e menos complicado seria o acordo de renúncia geral. Infelizmente, não foi possível. O Granata tem lá suas razões pessoais”, destacou Dalai, que acredita em um desfecho positivo. “Espero que o Conselho decida da melhor maneira possível. Precisamos sair deste momento complicado que o clube vive. Essa votação, agora, é essencial para isso”, acrescentou.

A possibilidade de judicialização no Cruzeiro não está afastada. “A gente espera que isso não aconteça, já que temos a possibilidade de discutir isso dentro do clube. Mas é uma possibilidade. A situação pode recorrer a isso. No Bahia, houve uma intervenção judicial. Isso a gente não quer. Queremos os bons cruzeirenses administrando o clube, não um desconhecido, como poderia ser”.

O Cruzeiro vive hoje a pior crise de sua história. Dentro de campo, o time caiu para a Série B do Campeonato Brasileiro de forma inédita. Administrativamente, o clube tem uma dívida de cerca de R$ 700 milhões, dirigentes investigados por Polícia Civil, Ministério Público e Polícia Federal e uma briga política que não tem fim.

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