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CRUZEIRO

Ídolo celeste, Tostão teme que o Cruzeiro deixe de ser um clube grande

'Há o risco de o Cruzeiro se tornar um clube e um time médios', disse o ex-atleta

Redação
Tostão está pessimista com o momento do Cruzeiro - Foto: Felipe Maciel / Divulgação
A coluna desta quarta-feira do ex-jogador Tostão, um dos maiores ídolos do Cruzeiro, traz o alerta: “Há o risco de o Cruzeiro se tornar um clube e um time médios”. A opinião do craque é publicada no jornal Folha de S. Paulo.


Tostão defende mudanças: “Todos os atuais dirigentes do Cruzeiro deveriam ser substituídos por outros independentes, sem nenhum vínculo com a atual administração”.

O ídolo celeste destacou que os cartolas foram inconsequentes. “Os dirigentes do Cruzeiro foram incompetentes e irresponsáveis. Mais que isso, alguns são investigados pelo Ministério Público e pelas polícias Civil e Federal”.  

O presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá, o ex-diretor geral, Sérgio Nonato, e o ex-vice de futebol, Itair Machado, são investigados por suspeitas de falsificação de documentos, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Já o diretor jurídico, Fabiano de Oliveira Costa, é suspeito de desvio de dinheiro.

Tostão criticou o técnico Mano Menezes, que em várias partidas escalou o time reserva no Campeonato Brasileiro para priorizar a Copa do Brasil e a Libertadores.

“A estratégia de Mano Menezes, com o aval da diretoria, de escalar todos os reservas em várias partidas, por causa da Copa do Brasil e da Libertadores, contribuiu para o rebaixamento. Porém, mesmo com os titulares, o time não ganhava. Há vários jogadores que foram supervalorizados na época das vitórias e outros que são bons para a Série B. Mesmo assim, o elenco continua sendo elogiado”, destacou Tostão.


Sobrou até para a estratégia de Adilson Batista no jogo final contra o Palmeiras. “Eu tinha a esperança de que, nas últimas partidas, especialmente no Mineirão, haveria uma heroica vibração dos jogadores, facilitada pela estratégia de pressionar desde o início, incendiar o torcedor, o que inflamaria os atletas, criando um ciclo positivo. Era o momento de arriscar. Ocorreu o contrário. O time, contra o Palmeiras, iniciou e terminou o jogo inibido, apático, à espera do adversário”.

Por fim, Tostão teme que o Cruzeiro deixe de ser um time grande. “Por causa da caótica situação financeira, há o risco, mesmo se voltar, de o Cruzeiro se tornar, em longo prazo, um clube e um time médios, como ocorreu com outros grandes no Brasil, sem condições de disputar títulos importantes, como Botafogo, Fluminense e Vasco”.