Profissionais da imprensa que trabalharam no Mineirão, na tarde deste domingo, no jogo entre Cruzeiro 0 x 2 Palmeiras, que decretou a queda do time celeste para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro, foram hostilizados, ameaçados e até agredidos por alguns torcedores. Um deles foi o fotógrafo do Jornal Estado de Minas, Alexandre Guzanshe, que levou um soco de uma torcedora dentro do campo.
Durante a briga generalizada que tomou as arquibancadas do Mineirão, a segurança privada do estádio e a Polícia Militar (PM) deixaram alguns torcedores, como idosos e crianças, a deixarem o local pelo campo. Eles acessaram uma rampa que dá acesso ao gramado. O repórter fotográfico registrava a saída, quando acabou agredido.
“A mulher estava na arquibancada inferior. Quando começou a confusão, muitos torcedores ficaram encurralados na grade. A segurança do Mineirão junto com a PM deixaram os torcedores descerem a escada e passar no gramado, atrás das placas de publicidade. Todos os repórteres e cinegrafistas registravam a cena, quando essa mulher desceu a escada junto com uma idosa. Ela me viu fotografando, não gostou e partiu para cima de mim”, contou.
O fotógrafo afirma que tentou se proteger, mas acabou atingido por um soco. “O segurança tentou conter a torcedora, mas não conseguiu. Ela deu um soco na minha cabeça. A sorte é que consegui me proteger. Depois, ela pegou uma cadeira e tentou me atingir. A sorte é que um outro fotógrafo conseguiu retirar o objeto das mãos dela”, completou.
Depois da confusão, a mulher deixou o gramado e não foi mais vista pelo fotógrafo. Outros profissionais que trabalharam no estádio também foram hostilizados e ameaçados.