O pedido do MP por torcida única no duelo, que decidirá a permanência do Cruzeiro na Série A em 2020 ou o rebaixamento inédito, se devia à possível presença de torcedores atleticanos ‘infiltrados’ entre os palmeirenses. No entendimento do promotor Paulo de Tarso Morais Filho, esse detalhe poderia acirrar os ânimos no Mineirão.
A decisão judicial também determina que o Cruzeiro não comercialize ingressos para a torcida do Palmeiras, sob pena de multa de R$ 10 mil para cada bilhete vendido.
Um ofício será expedido à Polícia Rodoviária Estadual para monitoramento de eventual deslocamento da torcida do Palmeiras a Belo Horizonte. Polícia Militar e Polícia Civil de Minas Gerais também serão comunicadas para tomarem medidas necessárias para o cumprimento da decisão.
Na noite deste sábado, o Cruzeiro informou à reportagem que foi notificado pelo Ministério Público e cumprirá a determinação judicial. Assim, a venda para a torcida do Palmeiras, que começaria no domingo, às 10h, está suspensa. A previsão era que ao menos quatro ônibus com palmeirenses chegariam a Belo Horizonte vindo de São Paulo.
Na noite deste sábado, o Cruzeiro informou à reportagem que foi notificado pelo Ministério Público e cumprirá a determinação judicial. Assim, a venda para a torcida do Palmeiras, que começaria no domingo, às 10h, está suspensa. A previsão era que ao menos quatro ônibus com palmeirenses chegariam a Belo Horizonte vindo de São Paulo.
Para se manter na Série A, o Cruzeiro precisa de uma vitória sobre o Palmeiras e contar com um triunfo do Botafogo diante do Ceará, neste domingo.
Medida preventiva
Responsável por ajuizar a ação que culminou a decisão por torcida única, o promotor Paulo de Tarso Morais Filho explicou que essa foi uma medida preventiva num jogo com maior possibilidade de incidentes.
“Esse é um dos motivos que nos leva a concluir que o jogo de torcida única seja de todo razoável para a prevenção de qualquer ato de violência dentro do estádio. Estamos vivenciando um histórico de conflitos. Espero que todos que vão ao estádio tenham a consciência de que estão se dirigindo para um evento esportivo, não para uma guerra”, disse.
STJD havia rejeitado pedido do Cruzeiro
Na sexta-feira, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) havia rejeitado o pedido do Cruzeiro para realizar o jogo sem torcedores do Palmeiras. O clube mineiro temia que o duelo pudesse acabar em pancadaria em razão dos possíveis ânimos exaltados das duas torcidas. A solicitação cruzeirense também levou em consideração o histórico de brigas entre as organizadas dos dois clubes.
Ao descartar torcida única, o STJD informou que o Cruzeiro "deverá adotar medidas preventivas concretas, aumentando o efetivo de segurança particular e/ou solicitando reforço no contingente da força policial".
O STJD chegou a sugerir jogo com portões fechados caso o Cruzeiro não conseguisse garantir a segurança.