Membros do MP e da PM presentes à reunião ratificaram a recomendação encaminhada à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e à Federação Mineira de Futebol (FMF), para que a partida tenha apenas presença de torcedores do Cruzeiro.
"Tomamos providências preventivas para esse evento. Achamos que é mais conveniente que seja um jogo de torcida única. É futebol, envolve paixão, sentimentos. Já há todo um clima criado em torno desse jogo e entendemos que qualquer quebra da integridade física de quem quer que seja não vale a pena por uma situação envolvendo o futebol. Então temos que tomar todas as medidas possíveis para evitar qualquer transtorno", defendeu o promotor de justiça Paulo de Tarso Morais Filho.
Por parte da Polícia Militar, o tenente-coronel Juliano José Trant de Miranda, comandante do batalhão de choque, também se pronunciou favoravelmente à medida.
"A Polícia Militar se posiciona apoiando essa notificação do Ministério Público à Federação Mineira no sentido da torcida única. Temos condições de fazer o jogo com qualquer situação. Torcida única ou meio a meio. Mas, nesse momento, entendendo as questões de segurança, apoiamos a decisão do MP. Principalmente porque as decisões que temos tomado em conjunto têm dado certo no decorrer do tempo", disse o policial.
Palavra final da CBF e FMF
O promotor Paulo de Tarso afirmou que, quando tomou conhecimento do pedido do Cruzeiro à CBF e FMF para que a partida fosse realizada com torcida, já havia enviado sua recomendação aos referidos órgãos . Entretanto, o membro do MP disse que, independente da ordem dos requerimentos, o importante é proteger os torcedores.
Tanto Cruzeiro quanto as autoridades aguardam um posicionamento da Confederação e da Federação até esta sexta.
"Quem define é a CBF e a Federação Mineira. Temos outros mecanismos para fazer isso, mas acreditamos no bom senso", disse Paulo de Tarso.
Esquema de segurança especial
Além do promotor Paulo de Tarso e do tenente-coronel Juliano Trant, compareceram à reunião a delegada de eventos Fabíola Oliveira; o major Luiz Vitor, do 34º Batalhão da PM, responsável pelo policiamento externo no dia do jogo; e o capitão Eduardo de Paula Lima, comandante da 2ª Companhia de Prevenção do 3º Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais.