Com a derrota por 2 a 0 para o Grêmio, em Porto Alegre, o Cruzeiro desperdiçou mais uma chance de deixar a zona de rebaixamento. Agora, o time terá de vencer o Palmeiras na última rodada e contar com uma vitória do Botafogo sobre o Ceará para permanecer na Série A em 2020. Um dos líderes do elenco, o goleiro Fábio se apoia na fé.
“Minha carreira toda foi baseada na fé que tenho em Deus e, enquanto tiver possibilidade, eu tenho fé que Deus vai fazer o sobrenatural. Na hora que ele determina, as coisas acontecem. Independente de ser difícil, a gente não conseguir vencer para depender dos nossos resultados, mas o Deus que eu sirvo é dessa forma. Quando a gente fica totalmente dependente só dele, quando as pessoas acham que também é o fim, é onde que ele entra com a provisão. E vou continuar trabalhando, com fé, com apoio do torcedor, que com certeza vai estar no Mineirão, empurrando, incentivando, acreditando da mesma forma”, declarou.
“Tudo provém de Deus. É a base, é o alicerce. Basta os jogadores entenderem que o que trouxe eles até o Cruzeiro foi um dom que Deus deu a cada um. E independentemente das adversidades, das dificuldades, é a hora que a gente tem que fazer o que é natural, o dom que a gente tem de jogar futebol, de lutar, de guerrear, e mostrar dentro de campo que a gente é merecedor desse tom de jogar futebol”, complementou o goleiro.
Mais uma vez, Fábio destacou que as escolhas feitas pelo Cruzeiro no começo do Campeonato Brasileiro determinaram uma reta final de muita pressão. Em outras entrevistas, ele já havia sugerido que o clube errou ao priorizar as Copas em detrimento da Série A. No turno, principalmente, ainda sob o comando de Mano Menezes, a equipe atuou várias vezes com formações alternativas.
“Acho que todas as equipes entram com pensamento de permanecer na primeira divisão. Cada um toma suas decisões ao longo da competição, a gente já viu várias vezes acontecer e não dá tempo de recuperar as coisas que você perdeu nesse caminho na competição, e aí você paga com uma pressão maior que você merecia ou esperava que ia ter”, comentou.
Camisa que pesa para muitos
Fábio acha que a pressão por vitórias tem pesado sobre alguns jogadores menos experientes. Principalmente na parte ofensiva, ele vê reflexos dessa ansiedade.
“A pressão é muito grande, e não é fácil envergar uma camisa vitoriosa como a do Cruzeiro. Os jogadores estão sentindo esse peso, coisas simples de se fazer dentro de campo, o beabá do futebol, dominar e passar. A gente, na grande maioria das vezes, está escolhendo a pior opção e acaba fazendo uma jogada mais difícil do que é necessário. Isso aí é nítido, essa pressão que existe. Mas a gente vai continuar lutando, se dedicando. E o mais importante, com fé em Deus. Em nome de Jesus as coisas vão acontecer da forma que vai nos favorecer mais uma vez, tanto no nosso jogo contra o Palmeiras quanto no resultado do Botafogo”, concluiu o líder cruzeirense.