Agora, a única combinação que livra o Cruzeiro do inédito rebaixamento à Série B
é a vitória sobre o terceiro colocado Palmeiras, no domingo, às 16h, no Mineirão, e a derrota do Ceará para o Botafogo, no mesmo horário, no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro. Na classificação do Brasileiro, os mineiros estão em 17º lugar, com 36 pontos. Os cearenses ocupam o 16º posto, com 38.Já o Grêmio, que está em quarto lugar, com 65 pontos, encerrará sua participação na competição contra o Goiás, também às 16h de domingo, no estádio Serra Dourada, em Goiânia.
O jogo
O técnico Adilson Batista inovou na escalação do Cruzeiro. No lado direito, tirou o atacante Pedro Rocha, colocou o lateral Edilson e adiantou o colombiano Orejuela. No meio-campo, manteve três volantes: Henrique, Ariel Cabral e Éderson. No ataque, apostou na experiência de Fred e na velocidade de David. Ao canal SporTV, ele explicou a estratégia. “O Edilson é experiente, conhece o Grêmio. O Orejuela já trabalhou na frente. Os dois lados do Grêmio são muito fortes. A gente precisa neutralizar. Essa foi a intenção. E também ter uma saída rápida”.
Defensivamente, o Cruzeiro foi bem na etapa inicial, com várias roubadas de bola até mesmo no ataque, especialmente com Orejuela e Éderson. Tanto que o Grêmio explorou pouco a velocidade de Everton Cebolinha e Pepê. Isso fez o centroavante Luciano ficar isolado entre os zagueiros celestes Cacá e Leo. O goleiro Fábio fez apenas duas defesas, em chutes de longa distância de Matheus Henrique e Everton. No mais, trabalhou para interceptar cruzamentos e lançamentos longos.
No ataque, faltou qualidade à Raposa. David era quem mais buscava o jogo, dando algumas arrancadas pelo lado esquerdo nas costas de Rafael Galhardo. Contudo, falhou bastante ao tomar decisões, seja tocando no pé dos zagueiros rivais ou finalizando para longe. Fred procurou basicamente fazer o trabalho de pivô, porém esbarrou na natural falta de velocidade de um atleta de 36 anos. A melhor chance do Cruzeiro foi aos 29 minutos, com Éderson, que recebeu lançamento de Henrique, ganhou de Matheus Henrique na corrida e tentou toque por cobertura. Paulo Victor se esticou e fez bela defesa.
Éderson perdeu ótima oportunidade aos 29 minutos do primeiro tempo - Foto: Washington Alves/Cruzeiro/Lightpress
Na reta final do primeiro tempo, o árbitro André Luiz de Freitas Castro aplicou cartões amarelos a três jogadores do Cruzeiro: Egídio, por confusão com Luciano; Ariel Cabral, em função de falta cometida em Kannemann; e Edilson, por reclamação. Houve ainda uma segunda falta de Cabral, passível de nova advertência, porém o árbitro apenas repreendeu verbalmente o argentino. Preocupado com o risco de expulsão, Adilson Batista colocou Robinho no lugar do camisa 5, aos 42 minutos. Os jogadores amarelados estavam pendurados e, portanto, não enfrentarão o Palmeiras no domingo.
Embora tenha mantido a formação no segundo tempo, o técnico Adilson Batista queimou a ‘regra três’ nos primeiros minutos. Aos 9’, substituiu Fred por Pedro Rocha. Aos 12’, trocou Orejuela por Ezequiel. Essa alteração proporcionou uma grande chance. Ezequiel deu enfiada de bola para Egídio, que driblou David Braz, foi à linha de fundo e rolou a bola para trás. Robinho, praticamente na marca do pênalti, bateu rasteiro com o pé esquerdo. Paulo Victor não chegaria a tempo de fazer a defesa, mas Michel, na pequena área, deu carrinho e conseguiu salvar o Grêmio. Na sequência do lance, o camisa 19 se chocou com o goleiro gremista, machucou o joelho esquerdo e precisou ser retirado de maca do campo.
Sem condições para o retorno de Robinho, o Cruzeiro passou a jogar com dez atletas. O Grêmio, então, aproveitou-se dessa vantagem e inaugurou o placar aos 21 minutos. Pepê arrancou pela esquerda e cruzou baixo. Após corta-luz de Cebolinha, Ferreira, que entrara no lugar de Diego Tardelli sete minutos antes, ajeitou a redonda e bateu rasteiro. A bola desviou no lateral-esquerdo Egídio e tirou o goleiro Fábio de cena: 1 a 0.
A partir dali, não havia muito o que fazer. Com um a menos, o Cruzeiro se viu obrigado a se lançar ao ataque, mas de maneira desorganizada. A disposição apresentada não foi suficiente. O Grêmio explorou a supremacia e continuou perigoso. Aos 38’, Pepê protagonizou lance individual e foi derrubado por Cacá. Pênalti. O próprio Pepê bateu no canto direito e deu números finais à partida: 2 a 0. Nos acréscimos, houve tempo para Egídio ser expulso por falta cometida em Ferreira.
GRÊMIO 2X0 CRUZEIRO
GRÊMIO
Paulo Victor; Rafael Galhardo (Patrick, aos 20min do 2ºT), David Braz, Kannemann e Cortez; Michel e Matheus Henrique; Everton Cebolinha, Pepê e Diego Tardelli (Ferreira, aos 14min do 2ºT); Luciano (Isaque, aos 34min do 2ºT)
Técnico: Paulo Victor
CRUZEIRO
Fábio; Edilson, Cacá, Leo e Egídio; Henrique e Ariel Cabral (Robinho, aos 42min do 1ºT); Orejuela (Ezequiel, aos 12min do 2ºT), Éderson e David; Fred (Pedro Rocha, aos 9min do 2ºT)
Técnico: Adilson Batista
Gols: Ferreira, aos 21min, e Pepê, aos 40min do 2ºT (Grêmio)
Cartões amarelos: Egídio, aos 34min, Ariel Cabral, aos 37min, e Edílson, aos 47min do 1ºT; Cacá, aos 39min do 2ºT (Cruzeiro)
Cartão vermelho: Egídio, pelo segundo amarelo, aos 47min do 2ºT (Cruzeiro)
Motivo: 37ª rodada do Campeonato Brasileiro
Estádio: Arena do Grêmio, em Porto Alegre-RS
Data: quinta-feira, 5 de dezembro de 2019
Árbitro: André Luiz de Freitas Castro (GO)
Assistentes: Fabrício Vilarinho da Silva e Cristhian Passos Sorence (GO)
VAR: Wagner Reway (PB)
Pagantes: 18.306
Presentes: 20.454
Renda: R$ 635.190,00
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