“Graças a Deus, eu não fui agredida. Eu fui virar para trás para saber o que estava acontecendo e, com o peso da mochila que eu estava segurando, eu acabei entortando o pé e machuquei o joelho”, afirmou Salomé, ao Superesportes.
A versão dada por Salomé é diferente do relato registrado em Boletim de Ocorrência pela Polícia Militar. O documento relata agressões sofridas pela cruzeirense.
De acordo com o BO, membros da organizada do Atlético chegaram à porta do Ginásio Divino Braga em três carros. Eles teriam agredido uma jovem de 15 anos e a senhora com pauladas até a intervenção de torcedores do Cruzeiro que deixavam a partida de vôlei. Em seguida, os agressores fugiram e não foram localizados.
Versões diferentes
De acordo com a idosa, no momento da confusão, não havia policiamento por perto. A segurança era feita por uma empresa particular contratada pela organização. A PM chegou depois da dispersão dos torcedores.
“Dois policiais foram lá, mas só chegaram depois (do ocorrido). No momento da confusão só havia seguranças, iguais aos seguranças que ficam no Mineirão. Eu não cheguei a conversar com eles direito. Uma mulher com camisa da Máfia Azul falou por mim, mas ela aumentou a situação”, explicou a torcedora de 86 anos.
Por conta das dores no joelho, Dona Salomé não chegou a dar depoimento aos policiais. Segundo ela, foi a integrante da Máfia Azul que relatou as agressões, mas de forma equivocada. A queda dela se deveu, na verdade, ao peso de sua mochila.
Vítima no hospital
A adolescente de 15 anos continua em observação na unidade de pronto-atendimento UPA Norte, em Betim. No momento da agressão, a torcedora chegou a desmaiar e ter convulsões.
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