O Cruzeiro medirá forças nessa reta final contra Vasco, no Rio de Janeiro; Grêmio, em Porto Alegre; e Palmeiras, no Mineirão. Hoje, o time é o 17º colocado, com 36 pontos, um a menos que o Ceará, o 16º e primeiro clube fora da zona de rebaixamento.
“Sei que é difícil, mas com trabalho, com entrega, com concentração, foco, com dedicação, com responsabilidade, ambiente bom, com torcida apoiando, vamos conseguir o objetivo que é permanecer”, disse Adilson Batista.
O desafio de dar um ‘choque’ no time em dez dias não o intimida. Essa foi a expressão usada pelo gestor de futebol Zezé Perrella quando anunciou a contratação do treinador. “Vamos pensar jogo a jogo. Chegar agora à tarde, trabalhar, tem outro trabalho sábado, domingo, enfrentar o Vasco (na segunda). Pensar no Vasco. Fiz grande jogo lá recentemente (pelo Ceará) contra o Vasco, nesses três jogos jogamos bem contra esses três adversários (também pelo Ceará). Então, é passar confiança”, disse.
Desde a sua primeira passagem pelo Cruzeiro, entre 2008 e 2010, quando foi bicampeão mineiro e vice da Copa Libertadores, Adilson Batista acumulou trabalhos de curto período e sem os resultados esperados. Apesar disso, ele garante estar preparado para promover uma reação no Cruzeiro.
“Sou mais maduro, mais experiente, melhorei em vários aspectos: gestão, liderança, treinamento, equilíbrio, lidar com vocês da imprensa. Estou mais calmo. Muita coisa você vai aprendendo. São nove anos desde que deixei aqui em 2010. Quando saí, o Cuca foi vice-campeão brasileiro com aquele mesmo time montado por nós. E um treinador mais experiente. Evidente que erros você comete, a gente não quer cometer os mesmos erros. A gente só cresce profissionalmente. Então, volto sabendo das dificuldades, do momento, mas estou chegando numa casa em que tenho o maior orgulho, o maior carinho, o maior respeito e sei o que representa estar dentro dela. É foco, é vivenciar Cruzeiro 24 horas para conquistar o objetivo”, acrescentou.
O treinador disse que o acerto com o Cruzeiro foi muito rápido. As conversas com o gestor de futebol Zezé Perrella foram logo depois da derrota do time para o CSA, por 1 a 0, no Mineirão. Apesar disso, houve tempo de ter uma conversa com seu antecessor, Abel Braga.
“Ontem foi correria. Cheguei voltando de Fortaleza (após demissão no Ceará), vi o jogo (Cruzeiro 0 x 1 CSA), profissional a gente acompanha o futebol. E a gente lamenta o resultado. E depois, 1h30, falei com Abel, se ele tinha saído... Me desejou sorte, elogiou o grupo, e agora é trabalhar. Vou conversar, foco, dedicação, concentração total nessa reta final, nesses três jogos”, concluiu.
Retorno à Toca
Adilson Batista será o quarto treinador do Cruzeiro em 2019. Depois da saída de Mano Menezes, em agosto, o clube apostou em Rogério Ceni, que ficou menos de dois meses no cargo. Em seguida veio Abel Braga. Contratado em setembro, o experiente técnico não conseguiu tirar a equipe da parte inferior da tabela do Brasileiro, conquistando apenas três vitórias em 14 jogos, além de três derrotas e oito empates - aproveitamento de 40,7%.
Esta será a segunda passagem de Adilson Batista pelo Cruzeiro como treinador. Entre 2008 e 2010, ele foi bicampeão mineiro (2008/2009) e vice da Copa Libertadores (2009). Em 169 partidas, ganhou 97, empatou 34 e perdeu 39, com 324 gols marcados e 193 sofridos. Como jogador, vestiu a camisa azul entre 1989 e 1993. No período como zagueiro, sagrou-se campeão mineiro de 1990 e 1992 e das Supercopas de 1991 e 1992.
A reestreia de Adilson no comando do Cruzeiro será na segunda-feira (dia 2/12), às 20h, no Rio de Janeiro, contra o Vasco, atual 12º colocado, com 44 pontos.