Abel Braga se recusa a falar após derrota do Cruzeiro; diretoria ainda não admite chance de demissão

A derrota do Cruzeiro para o CSA por 1 a 0, no Mineirão, nesta quinta-feira, aumentou muito a tensão no vestiário celeste a ponto de o técnico Abel Braga se recusar a conceder entrevista coletiva. Logo depois do revés, o diretor de comunicação Valdir Barbosa tomou a palavra na sala de imprensa do estádio e disse que o comandante só se manifestará nesta sexta-feira na Toca da Raposa II. A intenção seria ‘esfriar a cabeça’.

“Eu estou aqui para dizer a vocês que o nosso técnico, Abel Braga, ele não vem para a coletiva hoje. Nós estamos num ambiente bem tenso em termos psicológicos, evidentemente, e ele pediu que pudesse falar com vocês amanhã na Toca da Raposa”, declarou.

Ao ser indagado sobre a chance de Abel Braga ser demitido, Valdir Barbosa alegou que a diretoria ainda não cogitou essa hipótese.

“Não houve essa conversa. O Abel está bastante tenso e ele preferiu não se pronunciar hoje. Como vocês estão percebendo e tem até reclamado, as entrevistas estão bastante cansativas. O Abel, ele perdeu, ele disse: ‘como eu vou explicar, eu vou dizer o quê num momento como esse?’. Ele espera que amanhã possa fazer uma declaração de uma forma mais tranquila, com a cabeça um pouco mais fria, é melhor que a gente trabalhe assim”.

“O momento é desastroso, extremamente preocupante, mas a necessidade de reabilitação existe enquanto houver jogos. Nós temos que acreditar. Amanhã vamos ver o que pensa o Abel em relação ao próximo jogo, o que pensa a diretoria, para que haja uma tomada de posição moral, de arrancada final nessa reta final de Campeonato Brasileiro”, acrescentou Barbosa.

O diretor de comunicação ainda rebateu as críticas de que a diretoria do Cruzeiro está blindando jogadores e comissão técnica nesse momento de risco real de rebaixamento.

“Quem decide é a diretoria junto com a comissão técnica. E o torcedor não está sendo desrespeitado (com o silêncio de jogadores e de Abel Braga). Se você acompanha as redes sociais, você vai ver que o torcedor não se revoltou porque os jogadores não estavam dando entrevista. O que eles querem é futebol. A palavra do jogador é importante, mas mais importante é vencer os jogos e isso nós não estamos conseguindo fazer”, rebateu.