A cada partida do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro se aproxima do inédito rebaixamento à Série B. Um largo passo em direção ao abismo foi dado na noite desta quinta-feira, no complemento da 35ª rodada. Com direito a pênalti desperdiçado pelo meia Thiago Neves, aos 19 minutos do segundo tempo, o time celeste perdeu de maneira surpreendente para o CSA, por 1 a 0, no Mineirão. O zagueiro Alan Costa, aos 42 minutos do primeiro tempo, marcou o gol da surpreendente vitória da equipe alagoana.
Matematicamente, ainda é possível escapar da queda. O Cruzeiro soma 36 pontos, em 17º lugar, um a menos que o Ceará, primeiro time fora da zona de rebaixamento. Entretanto, os dois compromissos seguintes acontecerão longe de Belo Horizonte. Na segunda-feira, às 20h, o duelo será contra o Vasco, em São Januário, no Rio de Janeiro. Já na quinta-feira (5/12), às 19h15, a Raposa medirá forças com o Grêmio, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre. Por fim, no dia 8 de dezembro (domingo), às 16h, a despedida ocorre diante do Palmeiras, no Mineirão.
Já o CSA, que antes da 35ª rodada tinha 99% de chance cair para a segunda divisão, chegou a 32 pontos, quebrou série de cinco derrotas e manteve a remota esperança de permanecer na elite nacional. No domingo, às 18h, o time azulino pegará o Bahia, no estádio Rei Pelé, em Maceió. Depois, visitará a já rebaixada Chapecoense, em Santa Catarina, e encerrará a Série A diante do São Paulo, em Alagoas.
Matematicamente, ainda é possível escapar da queda. O Cruzeiro soma 36 pontos, em 17º lugar, um a menos que o Ceará, primeiro time fora da zona de rebaixamento. Entretanto, os dois compromissos seguintes acontecerão longe de Belo Horizonte. Na segunda-feira, às 20h, o duelo será contra o Vasco, em São Januário, no Rio de Janeiro. Já na quinta-feira (5/12), às 19h15, a Raposa medirá forças com o Grêmio, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre.
Já o CSA, que antes da 35ª rodada tinha 99% de chance cair para a segunda divisão, chegou a 32 pontos, quebrou série de cinco derrotas e manteve a remota esperança de permanecer na elite nacional. No domingo, às 18h, o time azulino pegará o Bahia, no estádio Rei Pelé, em Maceió. Depois, visitará a já rebaixada Chapecoense, em Santa Catarina, e encerrará a Série A diante do São Paulo, em Alagoas.
O jogo
A imprensa não acompanha os treinamentos de Abel Braga no Cruzeiro. Não dá para saber qual treinamento ele aplica para apresentar variações táticas. Certo é que ele resolveu mudar a escalação do revés por 4 a 1 para o Santos, fora de casa, no último sábado. Contra o CSA, manteve o habitual 4-2-3-1, mas com Ezequiel e Pedro Rocha pelas beiradas. Como referência na frente, entrou o experiente Fred. Na defesa, Leo substituiu Fabrício Bruno.
Quando a bola rolou, parecia um repeteco do empate por 0 a 0 com o Avaí, pela 33ª rodada. O Cruzeiro tinha mais volume, com 77% de posse, mas esbarrava na falta de criatividade. Defensores e meio-campistas trocavam passes de um lado para o outro até chegarem ao último terço de campo. A partir dali, a inspiração cessava. Egídio, Pedro Rocha, Orejuela e Ezequiel insistiam em cruzamentos para Fred. Bem postada, a defesa do CSA cortava todos.
Houve lampejos do setor ofensivo cruzeirense. Aos 11’, Fred girou em cima de Alan Costa, porém ficou sem ângulo e 'recuou' nas mãos do goleiro Jordi. Aos 18’, Thiago Neves chutou fraquinho, no centro da meta, e o camisa 12 do CSA encaixou. Aos 35’, a Raposa conseguiu sua única boa jogada na etapa inicial. Pedro Rocha tabelou com Thiago Neves e Fred, invadiu a grande área e finalizou ao lado esquerdo.
Pedro Rocha lamenta chance perdida no primeiro tempo de jogo contra o CSA - Foto: Ramon Lisboa/EM D.A Press
Até então preocupado exclusivamente em se defender, o CSA conseguiu um escanteio depois de corte bisonho de Pedro Rocha. Na cobrança, Rafinha mandou a bola no segundo pau, Ricardo Bueno cabeceou, e Fábio espalmou. No rebote, o zagueiro Alan Costa, livre de marcação, mandou a bola para as redes. Parecia surreal, mas os visitantes fizeram 1 a 0 e deixaram o Mineirão ainda mais tenso. Aos 46’, os alagoanos desperdiçaram um bom contra-ataque, iniciado por Apodi e concluído com chute de Ricardo Bueno nas mãos de Fábio.
No intervalo, o técnico Abel Braga substituiu Éderson e Fred por Robinho e Joel. A tônica do segundo tempo foi semelhante à do primeiro, com posse constante no ataque e ligeira melhora. Logo no primeiro minuto, em bola espirrada na entrada da área, Ezequiel soltou a bomba e obrigou Jordi a se esticar para defender. Aos 11’, Thiago Neves tentou buscar o ângulo em cobrança de falta, e o goleiro espalmou à linha de fundo.
Aos 15 minutos, Pedro Rocha invadiu a grande área em velocidade e foi ao chão após contato com o zagueiro Alan Costa. Após consulta ao VAR, o árbitro Vinícius Gonçalves Dias Araújo marcou pênalti. Um dos mais criticados pelos torcedores, Thiago Neves se encarregou do arremate. Mas a fase é tão ruim que a finalização foi para fora. O público, claro, não perdoou o camisa 10 e o vaiou bastante no Mineirão.
No lance seguinte ao pênalti, o CSA por pouco não marcou o segundo gol. Rafinha cobrou falta de longe, a bola passou por todo mundo e explodiu na trave direita. O técnico Abel Braga tentou sua última carta na manga com Sassá no lugar de Ezequiel. Aos 27’, ele recebeu bola na grande área, girou em cima da marcação e bateu em cima de Jordi. O goleiro da equipe visitante também evitou as tentativas de Robinho e Pedro Rocha.
O Cruzeiro continuou em cima do CSA, mas de maneira desorganizada. Era na base da força, do abafa, do chuveirinho na área, no bate-rebate. A impaciência do público foi tão grande que alguns torcedores atiraram bombas e sinalizadores no gramado. A arbitragem paralisou a partida entre os minutos 29 e 31 do segundo tempo. Quando tudo se normalizou, mais drama. Joel, de cabeça, exigiu excelente defesa de Jordi, aos 42’. Nem os sete minutos de acréscimo foram suficientes para a reação. No fim, prevaleceram a decepção e o temor daqueles que têm como grande orgulho o fato de o clube jamais ter disputado a Série B em sua história quase centenária.
CRUZEIRO 0X1 CSA
CRUZEIRO
Fábio; Orejuela, Cacá, Leo e Egídio; Henrique e Éderson (Robinho, no intervalo); Ezequiel (Sassá, aos 23min do 2ºT), Thiago Neves e Pedro Rocha; Fred (Joel, no intervalo)
Técnico: Abel Braga
CSA
Jordi; Dawhan, Alan Costa, Luciano Castan e Rafinha; João Vitor e Nilton; Jonatan Gómez, Euller (Warley, aos 13min do 2ºT) e Apodi (Bruno Alves, aos 23min do 2ºT); Ricardo Bueno
Técnico: Argel Fucks
Gol: Alan Costa, aos 42 minutos do primeiro tempo (CSA)
Cartões amarelos: Euller, aos 23min, Jordi, aos 30min do 1ºT; Jonatan Gómez, aos 12min, João Vitor, aos 29min do 2ºT (CSA)
Motivo: 35ª rodada do Campeonato Brasileiro
Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte
Data: quinta-feira, 28 de novembro de 2019
Árbitro: Vinícius Gonçalves Dias Araújo (SP)
Assistentes: Miguel Cataneo Ribeiro da Costa e Bruno Salgado Rizo (SP)
VAR: Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral (SP)
Pagantes: 30.197
Presentes: 34.290
Renda: R$ 354.764,00
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