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%u2014 Gabri Lemos %uD83C%uDDE6%uD83C%uDDF9 (@ogabrilemos) November 24, 2019
O Inter foi o 17º colocado do Brasileirão de 2016 e acabou caindo pela primeira vez. A Raposa, por sua vez, faz uma campanha sofrível e corre sério risco de jogar a Série B em 2020. Veja os pontos em comuns levantados pelo repórter do Sul do país.
Saídas dos armadores
Em fevereiro de 2016, o Inter perdeu no início do ano o ídolo D'Alessandro, que foi emprestado ao clube de coração, o River Plate. O Cruzeiro, por sua vez, ficou sem o uruguaio Arrascaeta, vendido ao Flamengo. O clube carioca pagou 18 milhões de euros (R$ 76,5 milhões) por 70% dos direitos econômicos de Arrascaeta. Desse valor, o Cruzeiro tem direito a 13 milhões de euros (R$ 55,2 milhões), já que detém 50% em parceria com a rede varejista Supermercados BH.
Início de temporada arrasador
Tanto o Internacional em 2016 quanto o Cruzeiro neste ano começaram o ano de forma arrasadora. O Colorado foi campeão do Estadual, assim como o Cruzeiro.
Treinadores
O Inter começou aquele ano sendo treinado pelo gaúcho Argel Fucks. Outro treinador do Rio Grande do Sul dirigiu o Cruzeiro no início deste ano: Mano Menezes. Ambos são conhecidos pela mentalidade defensiva. Durante a temporada, as diretorias da Raposa e do Colorado resolveram mudar os comandantes em busca de um futebol mais bonito: Falcão assumiu o Inter e Rogério Ceni, o clube celeste. Eles ficaram pouco tempo e foram substituídos por comandantes experientes: Celso Roth, no Inter, e Abel Braga, no Cruzeiro.
Denúncias
As diretorias de Internacional e Cruzeiro são investigadas pelo Ministério Público. No fim do ano passado, o MP classificou de organização criminosa os dirigentes do Colorado que administraram o clube durante a gestão do presidente Victorio Piffero, nos anos 2015 e 2016. A investigação apura crimes de apropriação indébita, estelionato, organização criminosa, falsidade documental e lavagem de dinheiro.
Dirigentes do Cruzeiro também são investigados. São os casos do atual presidente Wagner Pires de Sá, do diretor jurídico Fabiano Oliveira Costa, do ex-vice de futebol Itair Machado e do ex-diretor-geral Serginho. Segundo o Ministério Público e a Polícia Civil, há suspeita de falsificação de documentos, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Protestos
Não faltaram protestos das torcidas do Internacional, em 2016, e do Cruzeiro, neste ano. Em comum, não houve a reação esperada dos jogadores. No caso do clube celeste, ainda resta esperança em uma salvação.
União política
Dirigentes de diferentes correntes se uniram para ajudar os clubes. Isso ocorreu no Internacional e agora no Cruzeiro. Mesmo discordando das gestões, os presidentes mais vencedores da história das equipes voltaram para tentar reerguê-las: Fernando Carvalho assumiu o poder em 2016, assim como Zezé Perrella fez nesta temporada.
Jogos que enchem o torcedor de esperança
Na 31ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2016, o Internacional venceu o Flamengo de virada por 2 a 1 e saiu da zona de rebaixamento. Parecia uma reação para eliminar o risco de queda. Não foi. O Cruzeiro, por sua vez, venceu de forma seguida o São Paulo (1 a 0), na 26ª rodada, e o Corinthians, na 27ª. Depois, contudo, tropeçou em times da parte de baixo da tabela atuando em casa, como Avaí (0 a 0), Fortaleza (1 a 1) e Atlético (0 a 0).
Queda na semifinal da Copa do Brasil
Tanto o Colorado em 2016 quanto o Cruzeiro neste ano caíram na semifinal da Copa do Brasil para o time vice-campeão. Naquele ano, o Colorado perdeu do Atlético, que caiu na final para o Grêmio. A Raposa, por sua vez, perdeu para o próprio Internacional, derrotado na decisão para o Athletico-PR.
Luis Manuel
Cruzeiro e Internacional tiveram jogadores com o mesmo nome que sempre se doaram em campo. O do Inter era Luis Manuel Seijas, que não era titular na maioria dos jogos, mas foi bastante utilizado. Já o do Cruzeiro é Luis Manuel Orejuela, um dos melhores no atual time celeste.
Meia experiente
Armadores experientes e vitoriosos com as camisas de Internacional e Cruzeiro. São os casos de Alex, que venceu praticamente tudo com o Colorado (Libertadores, Mundial, Copa Sul-Americana, Recopa e Estaduais, entre outros) e Thiago Neves, bicampeão da Copa do Brasil (2017 e 2018) e do Campeonato Mineiro (2018 e 2019). Em comum, não renderam o esperado.
Gustavo Scarpa e Henrique Dourado
Na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2016, o Internacional enfrentou o time de Gustavo Scarpa e Henrique Dourado, na ocasião o Fluminense. O jogo ficou no 1 a 1. O Cruzeiro vai pegar na partida final da Série A deste ano, no dia 8 de dezembro, o Palmeiras, clube dos dois jogadores citados anteriormente.