“Não tem protecionismo. Esses caras que você está falando deram ao Cruzeiro um bicampeonato de Copa do Brasil. Então, não concordo com você. Estamos desolados, óbvio, não era o resultado que esperávamos. Mas não é por aí não. Pressionamos bastante, porém não fomos felizes. Você citou nominalmente o Thiago, é o único meia que nós temos que entra na área. Deu duas boas assistências no primeiro tempo e teve boa chance no segundo. Teve troca de posição, foi para a direita, depois virou quase um segundo volante. Hoje arriscamos mais tempo com o Pedro. Pelos cruzamentos que fizemos, arriscamos também com Fred e Sassá por dentro”, disse.
“Tivemos 17 escanteios, e a defesa deles foi superior. Agora você falou que (o Avaí) é último. Acredita que jogando dessa maneira seria o último? Eu não acredito, sinceramente. Claro que para eles é um grande resultado, mas a forma como jogaram é surpreendente. Jogaram muitíssimo bem, defenderam-se muitíssimo bem”, complementou o treinador.
Ao tropeçar em casa, o Cruzeiro perdeu a oportunidade de se distanciar da zona de rebaixamento e encerrou a 33ª rodada em 16º lugar, com 36 pontos, um a mais que o 17º, Fluminense. Conforme Abel Braga, existia o objetivo de conquistar sete pontos nas três partidas seguintes. Portanto, o desafio é ganhar do terceiro colocado Santos, na Vila Belmiro, às 21h do próximo sábado, e depois do CSA, às 21h30 da próxima quinta-feira (28/11), no Mineirão.
“Enquanto houver possibilidade, eu vou acreditar. Tenho que acreditar. Não vou desacreditar dos meus jogadores. Nossa ideia era nesses três jogos, mais o Santos e CSA, fazer sete pontos. Esse empate agora nos obriga a conseguir uma vitória diante do Santos antes de pensar no CSA”, frisou o técnico.
Abalado com o resultado, Abel Braga lamentou o excesso de empates do Cruzeiro no Brasileiro - o desta segunda-feira foi o 15º em 33 rodadas. Apesar de completar 11 jogos sem derrota, a equipe segue ameaçada pelo fantasma da Série B. Segundo o Departamento de Matemática da UFMG, a chance de queda é de 23,2%.
“Eu senti muito esse resultado. Eu senti. Fiquei respirando, fui tentar recuperar um pouquinho o ânimo para dizer a eles o que disse a vocês: ‘eu acredito’. Se nós estamos hoje fora da zona, deve-se a eles. Nós entramos, nós saímos. E temos que continuar dessa maneira. É muito complicado. Não seria tanto se tivéssemos menos empates, menos invencibilidade e mais número de vitórias. Esse é o problema”, ressaltou o comandante, que voltou a valorizar a postura do oponente.
“Eu senti muito esse resultado. Eu senti. Fiquei respirando, fui tentar recuperar um pouquinho o ânimo para dizer a eles o que disse a vocês: ‘eu acredito’. Se nós estamos hoje fora da zona, deve-se a eles. Nós entramos, nós saímos.
“Mas do outro lado houve mérito. Se o Avaí jogasse sempre dessa maneira, não estaria na situação que está, é notório. Vamos tentar, no próximo jogo, ver como vamos fazer. A forma de jogar do Santos não muda, será de muita ofensividade, e nós pensaremos na melhor equipe para o próximo sábado”.