Cacá foi fundamental em pelo menos dois lances. No primeiro tempo, entrou na frente da finalização de Fábio Santos e conseguiu ‘mudar’ a trajetória da bola, que ainda tocou no travessão antes de sair pela linha de fundo. No segundo tempo, cortou, dentro da pequena área, cruzamento rasteiro de Patric. Já Fabrício se mostrou crucial na reta final da etapa complementar, quando bloqueou arremate de Igor Rabello. Depois da partida, ele comemorou a sintonia com o colega e exaltou a qualidade das categorias de base do Cruzeiro.
“Independentemente da idade, estamos aqui para ajudar o Cruzeiro. Quando saímos da base, esperamos sempre jogar um clássico como esse, com estádio cheio. Isso é prova de que a base do Cruzeiro tem bastante talento. Grato ao Abel pelas oportunidades e pela confiança de todos do grupo. Se não fosse a confiança deles não dava para fazer um grande jogo como fizemos”.
Cacá, por sua vez, lamentou as oportunidades desperdiçadas pelo Cruzeiro, mas se mostrou confiante na recuperação no duelo ante o Avaí, às 20h de segunda-feira da próxima semana (18/11), no Mineirão. “O pensamento era a vitória, mas é um clássico, um jogo difícil e de detalhes. Tivemos oportunidades, faltou um pouco de capricho. Vamos em busca da vitória no próximo jogo, pois nosso time é muito forte e tem totais condições de sair dessa situação”, declarou, à Rádio Itatiaia.
Na quarta-feira, o Cruzeiro já havia segurado empate por 0 a 0 com o Athletico-PR, na Arena da Baixada, em Curitiba. Em 11 jogos sob o comando de Abel Braga, o time tomou apenas seis gols. Por causa da boa performance de Cacá e Fabrício, o treinador se viu “obrigado” a manter o experiente Leo, com 376 partidas pelo clube, no banco de reservas. O profissionalismo do camisa 3 em compreender a escolha pelos garotos foi enaltecido na entrevista coletiva de Abel.
“Falo de coração. Vai para o meu livro que eu espero, um dia escrever. Vi poucos, bem poucos, com profissionalismo igual ao do Leo. É incrível. Pode ser o treinamento que for, ele está sempre 100%. É difícil. Já foi capitão da equipe, um dos ídolos do clube, e ele está ali sempre incentivando. Esse jogo, com toda a sinceridade, pensei muito se ia colocá-lo ou não. Mas, poxa, espera aí: a equipe está com 0,6 (média) de gol sofrido em dez jogos. Agora melhorou, porque não sofreu gol de novo. Seria um pouco injusto. Mas, se amanhã tiver de colocar, coloco de olho fechado, pois é um grande jogador. Ele sabe exatamente o que representa para todo mundo e da imensidão do Cruzeiro. E aceita ficar no banco. É muito experiente. Temos de procurar resolver dentro daquilo que achamos que seria mais coerente”.
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