O Cruzeiro conseguiu mostrar poder de superação e empatar com o Bahia, mesmo com um jogador a menos e saindo atrás do placar no Mineirão. Apesar disso, perdeu a chance de ganhar duas posições na tabela do Brasileirão ao não sair do 1 a 1 com o Tricolor de Aço. Depois da partida, o técnico Abel Braga destacou o brio de seus atletas ao longo dos 90 minutos da partida.
“Meu time não fez um bom primeiro tempo. O Bahia não é um time fácil, chama o adversário. É como o Fortaleza. Eu sabia que a gente ia sentir por causa do jogo de quinta-feira. Eu sabia. Com a expulsão, surgiu uma coisa interessante. Naquele momento, eu fiquei com uma linha de três atrás com Dodô, Leo e Cacá. E conseguimos empatar o jogo assim. Depois, óbvio, não segui daquele jeito para não favorecer o adversário. Teve brio, foram dignos com a camisa que usam. Tiveram que lutar muito (...) No fim, conseguimos marcar mais um ponto. Invencibilidade com muito empate, mas na circunstância hoje, não foi ruim”, analisou.
Apesar dos elogios, a entrevista coletiva de Abel Braga ficou marcada pelas críticas ao árbitro Wagner Reway e ao VAR, Paulo Roberto Alves Junior. Sobrou até para a diretoria do Cruzeiro, que foi cobrada publicamente para se manifestar contra as marcações equivocadas.
O treinador apontou, especialmente, um lance no primeiro minuto do segundo tempo, quando David recebeu falta dentro da área (foto abaixo), mas o trio de árbitros marcou impedimento - de forma equivocada - no início do lance. Ainda na partida, Orejuela recebeu segundo amarelo e foi expulso ao colocar a mão na bola dentro da área, o que também não agradou Abel.
“Valeu a pena a luta, mas está muito estranho. Eu não vejo ninguém falando nada. Meu clube precisa falar. Meu clube é muito pesado, é muito grande (...) Agora, um minuto de jogo (segundo tempo), tem um pênalti claro. Ele deu o pênalti contra nós? Me parece que foi exagerado o amarelo. Ele está de costas. Não importa. E cadê a porra do VAR no lance do David? Aí dizer que foi impedimento? É vergonhoso. Falar que ali estava impedido, é vergonhoso. O zagueiro estava a dois metros. Não tem dúvida. Ali é um minuto do segundo tempo, não sabe o que vai acontecer (...) Está de sacanagem. Meu time está na hora de fazer alguma coisa. Toda vez que é consultado o VAR… Não estou dando desculpa de nada. Mas vamos ficar sempre quietos? (...) Isso está passando do limite. Porque não é fácil não, não é fácil não”, desabafou.
David sofreu falta dentro da área, mas arbitragem havia marcado impedimento - Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro
Questionado sobre a possibilidade de o Cruzeiro fazer uma reclamação oficial na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o treinador desconversou. “Não sei se o Cruzeiro vai (protestar oficialmente). Eu estou protestando. Não quero êxito, ajuda, nada. Eu quero isenção. Vai vendo quantos jogos já foram. Estou calado há muito tempo. Hoje não”, finalizou.
Com o empate diante do Bahia, o Cruzeiro se manteve fora da zona de rebaixamento, na 16ª colocação, com 33 pontos. Apesar disso, desperdiçou a chance de ultrapassar Ceará e Botafogo, que perderam seus compromissos diante do Palmeiras (1 a 0) e Santos (4 a 1). Eles ficaram estacionados na 13ª e 14ª posição da tabela.
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