O jogo contra o Fortaleza, pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro, tem importância ‘além de três pontos’ para o Cruzeiro. Da mesma forma que um resultado positivo elevaria a confiança na luta contra o rebaixamento à Série B, empate ou derrota poderia fazer a equipe voltar à situação desesperadora de ocasiões anteriores. Veja os cenários envolvidos no duelo de sábado, às 21h, no Mineirão.
Confronto direto
Na gíria do futebol, um jogo é considerado de “seis pontos” quando duas equipes se encontram próximas na classificação. É o caso de Cruzeiro x Fortaleza. Os mineiros estão na zona de rebaixamento do Brasileiro, em 17º lugar, com 28, enquanto os cearenses ocupam o 14º posto, com 31.
Se ganhar, o Cruzeiro iguala a campanha do Fortaleza, ainda que não o ultrapasse na tabela pelo critério de desempate - o Leão do Pici tem 9 vitórias atualmente, três a mais que a Raposa. Porém, em caso de derrota, permanecerá no Z4 e verá o adversário abrir seis pontos de diferença.
Concorrentes jogam em casa
A necessidade de o Cruzeiro ganhar do Fortaleza se deve também pelo fato de seus dois principais concorrentes na briga pela permanência na Série A atuarem como mandantes.
O Fluminense (16º, com 29) enfrentará a Chapecoense (lanterna, com 17), às 19h de sábado, no Maracanã. O Ceará (15º, com 29) joga no mesmo dia, às 17h, contra o Vasco (11º, com 37), no Castelão.
Assim, o time celeste entrará em campo diante do Fortaleza, às 21h, já ciente dos resultados de seus rivais.
Terceira vitória seguida
Embalado pelos bons resultados ante São Paulo (1 a 0, no Mineirão) e Corinthians (2 a 1, na Arena Corinthians), o Cruzeiro chegará pela primeira vez neste Campeonato Brasileiro a três vitórias consecutivas se bater o Fortaleza no sábado. O técnico Abel Braga ainda terá a oportunidade de ampliar para seis o número de partidas sem derrota.
‘Tira-teima’ Abel x Ceni
No período em que foi técnico do Cruzeiro, de 11 de agosto a 26 de setembro, Rogério Ceni obteve duas vitórias, dois empates e três derrotas no Brasileiro, conquistando oito pontos em 21 possíveis (38%).
Após demitir Ceni, o Cruzeiro contratou Abel Braga, que atingiu aproveitamento superior, de 50%: duas vitórias, três empates e uma derrota.
Por sua vez, Rogério retornou ao Fortaleza, clube que comandava antes do Cruzeiro, obtendo também 50% dos pontos, mas com três vitórias e três derrotas.
Assim, o duelo no Mineirão será uma espécie de ‘tira-teima’ desde que os treinadores iniciaram os respectivos trabalhos.
Público
O Cruzeiro aumentou os preços dos ingressos para o jogo contra o Fortaleza com a intenção de arrecadar mais em bilheteria. Conforme publicado pelo Superesportes, o clube faturou R$ 309.783,12 líquidos em 13 compromissos como mandante no Brasileiro, uma média de R$ 23.829,47.
Em meio a críticas de torcedores, a diretoria alega que inflacionou o valor das entradas em razão do custo operacional do Mineirão, que não sai por menos de R$ 200 mil por partida, e também pela crise financeira e administrativa responsável por impactar recentemente em atrasos de salários de atletas e funcionários.
Apesar do lucro pequeno, o Cruzeiro tem boa média de público no Brasileiro: 20.898 pagantes e 26.387 presentes.
Apesar do lucro pequeno, o Cruzeiro tem boa média de público no Brasileiro: 20.898 pagantes e 26.387 presentes.