Para os matemáticos da UFMG, a soma de 44 pontos é relativamente segura, com apenas 2,6% de chance de rebaixamento. O cenário também é otimista para os clubes com 43 (7,6%) e 42 pontos (18%). Com 41, o risco aumenta (34,3%). De 40 para baixo, o percentual cresce significativamente (veja no fim da matéria).
Neste momento, o Cruzeiro tem 71,9% de chance de cair para a Série B de 2020, índice inferior apenas aos de Avaí, 91,4%, e Chapecoense, 95,5%. A probabilidade de descenso do Ceará, 17º colocado, é de 50,2%, enquanto do CSA, 16°, está estipulada em 32,6%.
Fluminense, 21,5%, Fortaleza, 4,1%, Vasco, 13%, estão mais confortáveis na classificação. Para Zezé Perrella, nomeado gestor de futebol do Cruzeiro após a demissão de Itair Machado, os clubes com 28 pontos ou menos neste momento seguem na briga contra a queda.
“Todos os times com 28 pontos, até a situação do Cruzeiro, com 21, não vejo muita diferença. De 30 pontos para cá, todos correm o risco (de cair). Vencer o jogo em Chapecó será fundamental, depois teremos condições de ganhar do São Paulo aqui, apesar de ser um time difícil de ser batido”.
Na opinião de Zezé, se o Cruzeiro bater a Chapecoense neste domingo, às 19h, na Arena Condá, em Chapecó, dará o primeiro passo para sair do Z4. Depois, o desafio será superar São Paulo, no Mineirão, e Corinthians, fora de casa.
“Estou muito confiante. Dá tempo ainda. São 14 rodadas, tenho certeza de que se ganharmos esse jogo lá fora, um jogo difícil, teremos tranquilidade para jogar contra o São Paulo. Se tivermos uma sequência de dois ou três jogos vencendo, teremos tranquilidade. Acredito que se sairmos da zona de rebaixamento, o Cruzeiro não volta. Cruzeiro tem um plantel qualificado, não era para estar nessa situação”, avaliou.
De modo geral, a Raposa necessitaria de 23 pontos nos últimos 14 jogos para alcançar 44 pontos. A soma seria alcançada com uma combinação de sete vitórias e dois empates ou seis vitórias e cinco empates.
Em 2011, o Cruzeiro também brigou contra o rebaixamento, porém só conseguiu escapar na última rodada, ao golear o rival Atlético por 6 a 1, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. O time encerrou o Campeonato Brasileiro em 16º, com 43 pontos, dois a mais que o Athletico-PR, primeiro entre os rebaixados (41).
Na ocasião, Zezé Perrella conciliava o mandato de presidente do Cruzeiro com o de senador da República (PDT), herdado após o falecimento de Itamar Franco, em julho de 2011. Por ter vivido a experiência dramática há oito anos, o agora gestor do futebol espera que a equipe se recupere com antecedência no Brasileiro.
“Se o Cruzeiro estivesse bem, vocês não estariam me vendo aqui. Vim realmente para tentar ajudar e falei com o presidente Wagner: já passei por essa experiência em 2011 e sei do sofrimento que é, da angústia de escapar somente na última rodada. Nós não podemos deixar isso acontecer. Não podemos chegar no último jogo com a possibilidade de rebaixamento”.
Risco de rebaixamento por pontuação
Fonte: Proabilidades no Futebol (UFMG)
49 - 0%
48 - 0,002%
47 - 0,02%
46 - 0,13%
45 - 0,68%
44 - 2,6%
43 - 7,6%
42 - 18%
41 - 34,3%
40 - 54,1%
39 - 72,9%
38 - 86,7%
37 - 94,6%
36 - 98,2%
35 - 99,5%
34 - 99,9%
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