Antes mesmo de demitir Rogério Ceni, a diretoria do Cruzeiro iniciou sondagens a outros técnicos para assumir o comando do time nesta reta final de Campeonato Brasileiro. O Superesportes conversou com alguns nomes cotados e também com assessorias de imprensa. Veja os posicionamentos de Luiz Felipe Scolari, Dorival Júnior, Adilson Batista e Marcelo Oliveira.
Demitido pelo Palmeiras em 2 de setembro, Luiz Felipe Scolari, de 70 anos, está no Rio Grande do Sul, onde tem residência fixa. A assessoria de imprensa do treinador disse que não tinha informação de uma consulta do Cruzeiro.
Posiçao oficial à parte, o Superesportes apurou que o treinador foi procurado por integrantes da diretoria nesta quinta-feira e estuda o convite do Cruzeiro. Inicialmente, ele não tinha intenção de voltar a trabalhar este ano, mas ficou de pensar. Felipão tem uma dívida de gratidão com o clube por ter deixado a Toca, em 2001, para comandar a Seleção Brasileira.
Felipão dirigiu o Cruzeiro em 2000 e 2001. Neste último ano, conquistou a Copa Sul-Minas. Ele esteve à frente do clube em 75 jogos, com 40 vitórias, 24 empates e 11 derrotas. O aproveitamento foi de 64%.
Dorival Júnior
Em contato com a reportagem, Dorival Júnior, de 57 anos, inicialmente se mostrou surpreso com a demissão de Rogério Ceni depois de tão pouco tempo na Toca. Segundo ele, a diretoria celeste não fez nenhum convite.
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De qualquer forma, Dorival Júnior consideraria complicado assumir o Cruzeiro neste momento. O técnico passa por um tratamento médico e se submeterá a uma cirurgia na terça-feira, dia 1º de outubro.
“Eu não tive contato com a diretoria do Cruzeiro. Eu tenho uma operação programada há algum tempo, venho fazendo todos os exames necessários, para o dia 1º (terça-feira). Eu não sabia dessa notícia (demissão do Ceni), lamento muito. Tenho uma operação, leva um período, não muito longo de recuperação. Mas ainda tem um período. Não tem nem como eu pensar em alguma coisa nesse momento", disse o treinador ao Superesportes.
Dorival comandou o Cruzeiro em 2007. À época, ele sucedeu Paulo Autuori, que havia perdido o Campeonato Mineiro para o rival Atlético. Com um quinto lugar no Campeonato Brasileiro, Dorival classificou o clube mineiro para a Libertadores de 2008.
Foram 40 jogos à frente do Cruzeiro, com 19 vitórias, seis empates e 15 derrotas. No fim daquela temporada, a diretoria decidiu não renovar o contrato do treinador. O rendimento foi de 52,5%.
Adilson Batista
Vice-campeão da Copa Libertadores com o Cruzeiro em 2009 e bicampeão mineiro em 2008 e 2009, Adilson Batista, de 51 anos, disse ao Superesportes que não foi procurado pela diretoria. “Não fui chamado. Tenho amizades no Cruzeiro, trabalhei oito anos no clube, cinco como atleta e três como treinador, gosto do Cruzeiro. Mas, por enquanto, ninguém me ligou”.
Indagado se toparia o desafio de tentar tirar o Cruzeiro do rebaixamento, Adilson se mostrou aberto. “Eu me sinto preparado, terminei a licença Pro, estou mais maduro. Tenho carinho grande pelo Cruzeiro. Como disse, gosto do Cruzeiro independentemente de ser chamado. Mas, até agora, não tem nada”.
Por sua passagem pela Toca da Raposa II entre 2008 e 2010, Adilson é o nono técnico que mais dirigiu o Cruzeiro. São 170 jogos à frente do clube, com 97 vitórias, 34 empates e 39 derrotas. O aproveitamento foi de 63,72%.
Marcelo Oliveira
Já Marcelo Oliveira, bicampeão brasileiro com o Cruzeiro em 2013 e 2014 e estadual, em 2014, também negou contatos. “Fiquei surpreso com a demissão do Rogério Ceni. Não estava acompanhando as notícias, e estou sabendo por vocês. De qualquer forma, ninguém me procurou não”, garantiu o treinador.
Marcelo, de 64 anos, dirigiu o Cruzeiro entre 2013 e 2015. Ao todo, foram 169 jogos, com 106 vitórias, 32 empates e 31 derrotas. O aproveitamento foi de 69%.
Outros nomes
A reportagem também tentou contatos com Abel Braga, Fernando Diniz e Cuca, demitido nesta quinta-feira pelo São Paulo. Nenhum deles atendeu às chamadas.