Rogério Ceni foi contratado pelo Cruzeiro com a expectativa de repetir o trabalho em longo prazo de seu antecessor, Mano Menezes, à frente do clube por mais de três anos. Entretanto, a trajetória iniciada em 11 de agosto durou somente 46 dias.
O treinador começou até bem na Raposa, emplacando duas vitórias e um empate nos três primeiros jogos. Em seguida, veio a derrocada, com eliminação na semifinal da Copa do Brasil, diante do Internacional, e tropeços para Grêmio (4 a 1), Palmeiras (1 a 0) e Flamengo (2 a 1), no Brasileiro.
“Criamos nove oportunidades de gol e treinamos finalizações praticamente três vezes na semana. Eu mesmo cruzo a bola para eles. Faço de 250 a 300 cruzamentos por treino. Então eles estão bem treinados. Mas no treino você não tem a pressão do jogo. Eles estão se esforçando, fazendo o melhor que podem, e tenho certeza que, quando tiverem mais calma, a bola vai entrar na rede”.
No vestiário do Castelão, Rogério parabenizou os atletas pelo bom rendimento. Porém, ao ver Dedé tomar a palavra para prestar apoio ao armador Thiago Neves, virou-se de costas e optou por não participar da conversa. Foi a gota d’água para tornar insustentável o convívio com o grupo.
Em razão de atritos anteriores, críticas individualizadas em entrevistas e mudanças de última hora nas escalações, Ceni foi desligado do Cruzeiro nesta quinta-feira, após se reunir com o vice-presidente de futebol, Itair Machado, na Toca da Raposa 2.
Em oito partidas, o comandante registrou 33,33% de aproveitamento, com duas vitórias, dois empates e quatro derrotas. Outros profissionais também tiveram passagens curtas pelo clube. Relembre os principais nomes na galeria de fotos abaixo: