“Claro que o Robinho é um meia e tem muita qualidade, muita técnica, joga sempre buscando a frente. Você jogar com um volante de ofício, fica mais resguardado e tem mais correções de espaços. Então são questões diferentes. Às vezes você joga com um cara da função, com controle, um vai cobrindo o outro, porque sabem que é natural da função”.
A opinião de Henrique diverge do pensamento de Rogério Ceni, que em algumas entrevistas disse enxergar Robinho como volante. O técnico colocou o camisa 19 na posição contra CSA (empate por 1 a 1, pelo Brasileiro), Vasco (vitória por 1 a 0, pelo Brasileiro), Internacional (derrota por 3 a 0, pela Copa do Brasil) e Grêmio (derrota por 4 a 1, pelo Brasileiro).
O objetivo de Ceni era melhorar a qualidade no passe no meio-campo. Entretanto, o Cruzeiro ficou vulnerável defensivamente e deu espaço aos adversários mais qualificados, casos de Inter e Grêmio.
No último sábado, na derrota por 1 a 0 para o Palmeiras, em São Paulo, Rogério tirou Robinho do time e escalou Éderson ao lado de Henrique. Por causa da evolução na marcação e no posicionamento, a dupla poderá ter continuidade diante do Flamengo, às 17h de sábado, no Mineirão, pela 20ª rodada do Brasileiro.
Independentemente de quem jogar, Henrique tentará se adaptar às características do companheiro. “Quem entra ali sempre dá o seu melhor. O Robinho ou outro que for jogar sempre vai querer fazer o seu melhor pelo Cruzeiro. Acho que isso é natural. Me adequo sempre a quem está ao meu lado para tentar corrigir e me posicionar para que o Cruzeiro venha a fazer o seu melhor sempre”.
Contra o Flamengo, os volantes terão papel importante na proteção à zaga, já que o adversário é líder isolado do Brasileiro, com 42 pontos, e tem o ataque mais positivo, com 42 gols - 31 anotados pelo trio de artilheiros Gabriel (16), Arrascaeta (8) e Bruno Henrique (7). Já o Cruzeiro busca a vitória em casa para sair da zona de rebaixamento, na qual ocupa o 17º lugar, com 18 pontos.
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