Embora não tenha sido possível ouvi-los, Ceni e Thiago faziam gestos e apontavam em direção a uma trave posicionada no centro do campo. Em contato aparentemente cordial, os dois eram observados pelo vice-presidente de futebol Itair Machado.
Em episódio anterior, o jogador havia criticado mudanças na escalação promovidas pelo treinador, que, por sua vez, rebateu dizendo que o meia estava chateado por Edilson não ter sido utilizado na semifinal da Copa do Brasil, contra o Internacional.
Thiago Neves ficou no banco de reservas do Cruzeiro na derrota para o Palmeiras por 1 a 0, no último sábado, no Allianz Parque, em São Paulo. O encarregado de ocupar sua posição foi Marquinhos Gabriel, cuja atuação foi discreta.
Rogério Ceni colocou Thiago no lugar de David aos 20 minutos do segundo tempo. Depois da partida, ele explicou os motivos que o levaram a deixar o camisa 10 como opção.
“Me dói no coração, porque são jogadores que possuem uma grande história. Mas não consigo ter todos os atletas no time e ter uma grande rotação na equipe. É uma escolha profissional. Única e exclusivamente”.
A tendência é que Thiago Neves retome a titularidade contra o Flamengo. Mesmo sem viver bom momento pelo Cruzeiro, ele é o artilheiro do time no Brasileiro, com quatro gols em 15 jogos.
Para o duelo contra o líder da Série A, a Raposa ainda deverá contar com dupla de zaga formada na base: Cacá e Fabrício Bruno. Os jovens de 20 e 23 anos substituirão, respectivamente, Leo, com fratura na clavícula, e Dedé, em transição da fisioterapia para a preparação física após se recuperar de torção no tornozelo direito.
Na zona de rebaixamento do Brasileiro (17º, com 18 pontos), o Cruzeiro precisa bater o Flamengo (primeiro, com 42) e torcer para que o Fluminense (16º, também com 18) não vença o Goiás no domingo, às 19h, no Serra Dourada, em Goiânia.